Brasileiro supera pros em ironman nos EUA

Atualizado em 05 de agosto de 2016

Antônio Ferreira Da Silva Neto, ou simplesmente Toni Ferreira, conquistou no último domingo um importante resultado para o triathlon nacional na temporada 2015. O brasileiro venceu o Ironman 70.3 do Texas, na categoria de 35 a 39 anos, com 3h58min26s. Ernesto Espinoza, da Costa Rica, e Austin Hardy, dos EUA, completaram o pódio.

A vitória pode não parecer tão expressiva, por não se tratar da categoria Pro. O feito de Toni, porém, é grandioso, pois além de ser o melhor amador entre todas as categorias, foi o décimo no geral, batendo vários atletas de elite (eram 54 os profissionais inscritos).

Toni, 35 anos, – que trabalha como treinador de triathlon – participa frequentemente de competições do Ironman, tendo no currículo inclusive o campeonato mundial disputado em outubro do ano passado, no Havaí, em que foi considerado o melhor amador. O triatleta participa de competições, desde 1997, e mesmo não sendo profissional, é um nome importante da modalidade no país na atualidade.

A história de Toni começou em 1994, quando o ainda nadador de uma equipe de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo – conheceu o triatleta Maurício Ninomya, que despertou seu interesse pelo novo esporte.

Nos dois anos seguintes, treinando corrida por conta própria, participou de diversas provas de aquathlon e biathlon, pois ainda não tinha bicicleta. Em 1997, disputou sua primeira prova de triathlon no Troféu Brasil, em Santos.

“Felizmente, desde o início tive bons resultados como atleta amador. Venci em todas as distâncias no Troféu Brasil (2001, 2004 e 2005), Internacional de Santos (2004-2006), Pirassununga (2001) e Ironman Brasil (2003). Sem contar o segundo lugar no Mundial de Ironman 2002, na categoria 18 a 24 anos, que considero o meu primeiro grande resultado”, disse Toni, à revista V02, em edição publicada em fevereiro de 2013.

Na mesma entrevista, Toni fala da importância da competição na sua vida e descarta ser atleta profissional: “Amo o estilo de vida do triathlon. Gosto muito de treinar, de cuidar do corpo e de competir. Quero muito atingir meu pico de performance e farei de tudo para conseguir. Depois disso, continuarei treinando e competindo”.