Antes e Depois: do sedentarismo ao Ironman, com 46 kg a menos

Atualizado em 08 de agosto de 2016
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Um exame de rotina com o médico trouxe uma notícia inesperada para o gestor de projetos de um grande banco nacional, em São Paulo, Marcelo Kendy Kaneshiro, 32. “O médico disse que eu era uma bomba-relógio prestes a explodir, por conta do meu peso”, lembra. Os 120 kg que tinha, no fim de 2010, eram o problema – que desencadeava outros, como alto índice de colesterol, excesso de ácido úrico, proximidade de se tornar um diabético e sono irregular. Em dezembro daquele ano, ele resolveu mudar e dez meses depois, em outubro de 2011, já estava com 80 kg (e correndo uma maratona). Hoje, com 74 kg, já conseguiu outros feitos no esporte.

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O trabalho de madrugada estava atrapalhando a saúde de Kaneshiro. “Eu era uma pessoa que praticava pouquíssima atividade física”, comenta. “Por conta dos meus horários, costumava comer muito fastfood, pizzas e lanches, além de participar de vários churrascos com os amigos, nos fins de semana.” Ou seja, tinha uma alimentação calórica e desregulada, acompanhada de uma vida, praticamente, sedentária.

A corrida foi escolhida a dedo pelo gestor de projetos. “Achava muito legal o lance das pessoas superarem desafios e alcançarem objetivos correndo certas distâncias”, diz. Como bom descendente de oriental, Kaneshiro é disciplinado. “Quando coloco algo na cabeça, costumo ir atrás, então, me impus o desafio de correr uma prova de 10 km.”

No começo, ele treinava três vezes por semana. “O que procurava sempre ter na cabeça era que tinha que ter paciência e, dia após dia, teria que vencer os obstáculos.” De vez em quando, Kaneshiro pensava: como vou correr 10 km se mal consigo caminhar 5 km?”. Isso servia de estímulo e, diariamente, o gestor de projetos se superava nos treinos.

Sua alimentação também mudou. “Me consultei com um médico e um nutricionista. Ambos me disseram que precisava manter meu metabolismo ativo.” Assim, ele adotou o hábito de se alimentar em menores quantidades, de três em três horas e incluir alimentos mais saudáveis nessas refeições. “Nessa fase, cheguei a quase deixar a carne vermelha de lado. Meu corpo respondeu bem e acelerou o processo de emagrecimento.”

A corrida escolhida para a estreia foi a etapa Outono do Circuito das Estações, em 2011. “Me preparei durante três meses com outros dois amigos com esse objetivo”, afirma. “Lembro-me da emoção que foi cruzar a linha de chegada.” Melhor do que isso foram suas primeiras palavras a um dos amigos que o acompanharam: “agora, vou até o Ironman (3,8 km de natação, 180km de ciclismo e 42 km de corrida)”.

Sua evolução no esporte foi assustadora, já que em setembro daquele ano – quase 40 kg mais magro – ele encarou sua primeira maratona, em Florianópolis (SC). “Considero uma das provas mais marcantes da minha vida, justamente porque há menos de um ano, um médico me disse que eu poderia morrer se não me cuidasse”, conta.

Ao completar os 42 km, Kaneshiro se inscreveu para uma prova short de triathlon, que aconteceria em novembro de 2011. “Isso era um sonho de infância. Lembro de acordar nas manhãs de domingo e ver aqueles atletas versáteis na televisão.” Quando criança, ele fez aulas de natação, então, tinha uma base do esporte. Além disso, gostava de andar de bicicleta. Com a corrida já na sua vida, ele começou a treinar os três esportes.

Como na corrida, seu desenvolvimento no triathlon foi muito rápido. “Em maio de 2012, viajei para a Flórida, nos Estados Unidos, para participar do Ironman 70.3 (metade das distâncias do Ironman) e estava dividindo a prova, simplesmente, com Lance Armstrong.” Dali para o sonho do Ironman, em Cozumel, no México, foram apenas mais seis meses – em novembro de 2012.

Hoje, pouco mais de três anos depois de seu início na corrida, o gestor de projetos está com 74 kg – 46 kg mais magro – e treinando muito para seus próximos desafios. “Quero completar, de novo, o Ironman Brasil, em Floripa (ele também participou em 2013), então, estou focando nos treinos de resistência.” Ao todo, são 20 horas de treinamentos por semana, somando as três modalidades do triathlon.

A grande meta, porém, é chegar ao Mundial de Ironman, em Kona. “Sei que com paciência uma hora consigo minha vaga”, garante. Há outros sonhos, como participar de uma ultramaratona, correr uma das Major Marathons e, até os 40 anos, realizar um Ultraman (três dias de prova, com 10 km de natação e 145 km de ciclismo no primeiro dia, mais 276 km de pedal no segundo e 84,4 km de corrida no último dia).

Sua vida social, por conta dos treinos, ficou um pouco apertada. “Procuro sempre realizar eventos em casa, assim, tenho amigos e família sempre próximos.” Essas pessoas, aliás, foram fundamentais na sua dedicação para perder peso. “Eles me apoiaram muito o tempo todo.”

Para Kaneshiro, a corrida é um estilo de vida que quer levar para sempre. “Vejo senhores que estão com a saúde em dia graças à atividade física, então, quero ter a corrida como minha fonte da juventude”, completa. O gestor de projetos tem um lema interessante: “meu negócio é chorar nos treinos para sorrir nas provas”.

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