Estudo mostra os efeitos da pandemia no treinamento e na motivação de atletas

Atualizado em 05 de novembro de 2021
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Foi difícil manter a rotina saudável durante esse tempo de isolamento, por aí? Calma, você não está sozinho nessa! Mesmo quem treinou durante a pandemia, sentiu os efeitos da pandemia no treinamento.

É o que mostra um estudo feito com mais de 12 mil atletas, divulgado pela Sports Medicine. O desempenho, a performance e, principalmente, a mente foram afetados pelo Covid-19 globalmente, entre atletas amadores e profissionais.

A pesquisa reuniu as respostas de 12.526 atletas (amadores e profissionais) de 142 países e seis continentes.

 

Efeitos da pandemia no treinamento: treinar, treinou (mas faltou motivação)

  • Dos 12.000 atletas entrevistados, 67% realizavam exercícios em suas próprias casas (somente);
  • 83% visavam manter / desenvolver a boa forma geral e a saúde;
  • 65% usaram exercícios baseados no peso corporal com equipamento limitado.
  • As atividades mais comuns: peso corporal e treinamento cardiorrespiratório;
  • Menos de 40% foram capazes de realizar “treinamento específico” (entre os atletas de nível superior).
  • Além disso, diminuiu o tempo de prática. Menos que <60 min, duração / sessão de treinamento (atletas de nível superior treinaram> 90 min).
  • E o mais interessante é que, apesar de 67% ter treinado em casa, de algum jeito, 53% dos atletas se sentiam desmotivados a treinar.

Os efeitos da pandemia no treinamento: mais sofá, menos suor

A pesquisa sugere ainda que existem grandes problemas de sono e distúrbios psicológicos (por exemplo, estresse, ansiedade, depressão) associados à redução do movimento e das atividades, bem como à redução da interação social durante esse tempo de pandemia.

Além disso, outro estudo recente mostrou que esse ‘ficar em casa’ durante o COVID-19 diminuiu a quantidade de atividade física para todas as intensidades de exercício e aumentou o tempo diário sentado: de 5,31 h / dia antes do confinamento para 8,41 h / dia. Bastante, não?!

Em casa: quem persistiu, descobriu novos jeitos de se movimentar

Durante o bloqueio, a maioria dos atletas treinava sozinho e focava na saúde geral e bem-estar, em vez de na especificidade do esporte ou disciplina, em parte devido à falta de recursos como espaço, equipamentos, instalações e equipes de apoio multidisciplinar, com tal acesso favorecendo uma classificação mais elevada atletas. E, apesar de todos os atletas, profissionais ou não, relatarem reduções substanciais nas principais variáveis ​​de treinamento (frequência, duração, intensidade, tipo de atividade), todos estavam menos motivados a treinar.

Mesmo assim, práticas “remotas” usando aplicativos, sites, redes sociais foram eficazes para motivar as pessoas a manter a rotina de treinamento, mesmo que reduzido o tempo de prática.

 

Agora, o mundo se prepara para voltar ao ritmo. Vamos sair do sofá?

De acordo com o American College of Sports Medicine, o exercício melhora a saúde física e mental na maioria das pessoas, independentemente de seus hábitos de treinamento. Exercícios de flexibilidade, cardiorrespiratórios, de resistência e neuromotores são recomendados para adultos saudáveis ​​de todas as idades. Mas, quanto tempo de atividade física recomenda a OMS?

Os adultos devem acumular pelo menos 150 minutos de intensidade moderada e pelo menos 75 minutos de atividade vigorosa, divididos em 5–7 sessões por semana. Este volume de treinamento pode ser reduzido em 30% para crianças e adolescentes se substituído por um recreio ou brincadeiras ativas dentro e fora de casa.

Além disso, os exercícios devem ser adaptados ao nível de condicionamento do participante e um modelo progressivo de intensidade e volume de treinamento deve ser utilizado, preferencialmente monitorado por profissionais especializados.

Exercícios em casa podem motivar essa volta com mais calma. Que tal começar a caminhar antes de voltar ao ritmo normal? Subir escadas, pular corda, pedalar… E lembre-se: qualquer tipo de atividade tem um efeito positivo sobre a ansiedade, o humor e o bem-estar social e emocional das pessoas.

E aí, está pronto (a) para voltar?

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