+ Performance, com ajuda de produtos naturais

Atualizado em 11 de janeiro de 2018
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No último mês de julho, muito se falou do doping no atletismo, com várias estrelas do esporte suspensas por uso ilegal de estimulantes. Mas e se, ao invés de utilizar uma substância dopante – que acelera e desequilibra as funções orgânicas – os atletas, amadores ou não, ingerissem algo que aumenta o desempenho para o seu máximo, sem deixá-lo melhor?

É isso que os adaptógenos – substâncias retiradas de algumas plantas – fazem. Um dos principais exemplos é a Rhodiola rosea. Encontrada em locais frios, como as montanhas da Sibéria, passou a ser utilizada na preparação de atletas olímpicos pela extinta União Soviética a partir da década de 1960.

Sua função é prevenir e tratar sintomas de cansaço e fadiga muscular, além de melhorar a recuperação física – evitando dores pós-treinos. “Um estimulante acelera e desequilibra as funções orgânicas, aumenta o gasto de energia, o risco de lesões e o desgaste pós-exercício. Um adaptógeno como a Rhodiola rosea, equilibra as funções, aumenta a oferta de fontes de energia, a resistência e deixa o corpo na sua melhor condição, dentro da sua capacidade”, disse o médico especialista em Fitomedicamentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Odair Albano.

De acordo com o médico, “o estimulante tenta te deixar melhor do que você é, o adaptógeno te deixa no seu melhor”. O doutor Albano lembra que, por exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esse tipo de medicamento só pode ser comprado com uma receita médica. “Um tratamento com adaptógenos deve ser prescrito por médicos especialistas, tanto para a fase de treinamento, quanto para a recuperação”, completou.

Outro detalhe que vale destacar sobre os adaptógenos é que a Agência Mundial Anti-Doping (Wada, na sigla em inglês) não considera essas substâncias como dopantes. Portanto, o uso dela por atletas profissionais – desde que medicada regularmente – é liberado.