Os indicadores da perda de massa muscular

Atualizado em 26 de abril de 2016
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Perder massa muscular é tudo que um atleta não quer. Embora a diminuição da massa muscular aconteça naturalmente à medida que envelhecemos, a atividade física bem planejada pode retardar este efeito. E, mais que isto, a atividade física contribui para o ganho muscular e pode até prevenir a diminuição da massa óssea.

Os atletas precisam de um cuidado especial com a alimentação para que a massa magra não seja mobilizada para o fornecimento de energia durante a atividade física. Sem um devido cuidado, o atleta corre o risco de não ganhar ou até perder a tão sonhada massa muscular.

Quem tem o objetivo de ganhar massa magra deve ser constantemente avaliado. O intervalo entre as avaliações não deve ser longo para que eventuais perdas musculares sejam brevemente percebidas, e para que seja possível uma intervenção rápida a fim de evitar este transtorno.

A análise da composição corporal deve ser feita por meio da antropometria, avaliação que mensura o peso corporal, as circunferências ou perímetros e as dobras cutâneas, para determinação do percentual de gordura. A bioimpedância, realizada por profissionais de nutrição e educadores físicos, também pode ser útil, já que permite a separação da gordura, da massa muscular e da água corporal.

A avaliação bioquímica também é importante para avaliar a massa magra, especialmente quando o atleta vem perdendo peso. Dentre os principais exames que podem ser feitos estão as dosagens de uréia, creatinina e albumina. Estas avaliações podem ser feitas em um simples exame de sangue, quando há a necessidade de uma análise mais profunda.

Muito importante também é a avaliação clínica, na qual o profissional que acompanha o atleta realiza a apalpação e a observação de todo o corpo. A perda de massa muscular muitas vezes é acompanhada de flacidez excessiva e diminuição do tônus, sinais estes que sinalizam para o problema. 

A perda de massa magra muitas vezes se manifesta também por debilidade imune, o que deixa o atleta mais propenso a infecções. Alguns atletas relatam um odor semelhante ao de amônia no suor, que também pode indicar catabolismo de proteínas durante o exercício. Vale lembrar que este odor também pode ser fruto do excesso de proteína, especialmente na refeição realizada antes da atividade física.

O baixo desempenho durante o treino também pode contribuir para o diagnóstico de perda de massa muscular, pois significa que o atleta pode estar mobilizando proteína muscular durante a atividade, ocasionando em uma fadiga antes do esperado.

Se o atleta está reduzindo o peso corporal, é importante que seja feita uma avaliação para detectar qual tecido está sendo mobilizado, se é adiposo ou muscular, pois nem sempre a perda de peso significa redução do percentual de gordura.

Por isso que é essencial que o atleta faça periodicamente uma avaliação física completa e mantenha uma alimentação balanceada, ficando atento às refeições antes, durante e após o treino, pois estas são determinantes tanto para evitar a utilização de proteína como fonte de energia quanto para favorecer o ganho de massa muscular.