OMS propõe que quantidade diária de açúcar consumida seja reduzida à metade

Atualizado em 20 de abril de 2016
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Após analisar as revisões de artigos científicos que relatam o impacto do açúcar na saúde (incluindo danos aos dentes e efeitos na obesidade), a Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe que a quantidade diária da especiaria na alimentação seja reduzida a metade. Antes, 10 % do consumo total de calorias ingeridas poderia vir de açúcar. Agora, bastam superar esses 5% para ultrapassar o nível recomendado. 

Além dos adoçantes naturais, também estão inclusos os açúcares adicionados, aqueles colocados em alimentos industrializados durante o processo de produção. Nos rótulos desses produtos eles são descritos de formas diversas como açúcar mascavo, açúcar cristal, mel, xarope, melado, glicose, dextrose, maltose, concentrados de frutas, entre outros.

Uma das pesquisas sobre obesidade utilizadas pela OMS foi publicada ano passado na versão online do British Medical Journal, e comprovou que o açúcar não tem influência direta na obesidade, mas, se consumido em excesso, especificamente em bebidas, tende a engordar sem satisfazer. Outro estudo, dessa vez associado a ingestão da especiaria e o apodrecimento dos dentes, foi realizado por pesquisadores ingleses. Eles constataram que os casos do problema dental diminuíram quando a quantidade de açúcar consumida era menor que 10% do consumo diário de calorias.

Segundo Tom Sanders, professor da escola de Medicina do King's College London (Inglaterra), disse à BBC, o limite de 5 % de açúcar acrescentado é muito difícil de seguir e nunca foi testado. Já Nita Forouhi, do Conselho de Pesquisas Médicas e Epidemiologia da Universidade de Cambridge (Inglaterra), disse ao canal britânico que 5 % é uma meta ambiciosa e desafiadora. Agora, a nova recomendação passará por consulta pública e novas orientações são esperadas ainda para 2014.