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Kefir: como fazer e os principais benefícios

Atualizado em 26 de julho de 2018
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Para quem nunca ouviu falar, kefir é uma bebida fermentada, produzida a partir de microrganismos vivos (parecido com o Yakult). É um alimento probiótico e seu nome varia de acordo com o lugar: na América Latina chamam de tibicos; na Europa, de cristais japoneses; na Ásia e África, Kefir; e por aqui, kefir ou quefir.

O kefir (quefir) é composto pela associação de vários microrganismos, como leveduras, lactobacilos bactérias (principalmente ácido lácticas e ácido acéticas). Ele é considerado um alimento funcional e pode ser encontrado em forma de grãos ou como bebida fermentada.

Com aparência de couve-flor e coloração branco-amarelada, é insolúvel em água e tem alta digestibilidade. Também pode ser feito à base de leite de vaca, cabra, ovelha e búfala, onde fermentam a lactose, ou na água com açúcar, onde fermentam a glicose. 

Benefícios do Kefir

É um alimento facilmente digerível, fonte de proteínas e cálcio, vitaminas do complexo B e vitamina K – e pode ser incluído na dieta diária de qualquer pessoa. Promove uma purificação orgânica que promove saúde e longevidade. 

“Esses ‘bichinhos’ ajudam a regular o intestino e a manter uma flora intestinal saudável, o que contribui indiretamente com vários benefícios, principalmente como barreira para patógenos, melhorando nossa imunidade”, explica a nutricionista esportiva funcional, Ana Paula Gluck Karam.

O kefir, especialmente o de leite, pode ser usado nos lanches entre as refeições, substituindo outros alimentos mais calóricos, mesmo quando batido com frutas e cereais, desde que se evite o uso de açúcar ou mel. Digestivo, dificilmente produz intolerância ou efeitos colaterais.

Não é recomendado o consumo de kefir para quem pratica o jejum de manhã. E, se alimentar só de kefir é uma atitude errada e contraindicada, alertam os nutricionistas.

Mas não existe milagre. Você pode tomar os probióticos, mas se não melhorar sua alimentação de nada vai adiantar. “O estado de saúde pleno é resultado de uma vida equilibrada, cuidar da alimentação, do estado emocional, praticar atividade física e ser feliz”, continua a nutricionista. 

Você pode encontrá-los on-line (a Biologicus vende) ou em lojas de produtos naturais. Os grãos de kefir se reproduzem sozinhos, então, uma quantidade inicial pode durar muitos anos. Você também pode dividir o kefir com seus amigos. Assim como fermento, ele simplesmente irá se reproduzir. 

 

 

Como fazer kefir

Normalmente o kefir é feito com leite integral. Por ser rico em gorduras, ele deixa a receita mais saborosa, com textura similar à do iogurte.  

  • Coloque duas colheres de sopa de grãos de kefir em um pote limpo de vidro. A quantidade usada de kefir realmente afeta o sabor, e é tudo uma questão de preferência pessoal, então, faça testes.
  • Adicione 2 1/2 xícaras de leite no pote. Não encha o pote porque a mistura precisa de espaço para respirar durante o processo de fermentação. 
  • Tampe o pote e guarde em um local em temperatura ambiente, como o armário da cozinha.
  • O processo inicial de fermentação começa em 8 horas. Quanto mais tempo ele durar, mais sabor e mais encorpado ficará. 
  • Coe o kefir com um pano de algodão limpo sobre um segundo pote ou tigela. Despeje o kefir do pote original e pronto, ele já pode ser bebido ou armazenado na geladeira.

A multiplicação dos grãos é extremamente lenta e depende de vários fatores, como idade da colônia, temperatura, o tipo e a qualidade do leite utilizado, a frequência das trocas etc…

Geralmente, em condições ótimas, o número de grãos duplica durante a fermentação – em quantidade – após 30 dias. Lave-os em água filtrada (nunca água da torneira).

Guarde-os em um pote limpo, encha com leite, e reinicie o processo. Se não quiser fazer uma segunda remessa de kefir ainda, você pode deixar os grãos em repouso no pote com leite por até uma semana antes de coar.

Dica: o kefir pode ser usado no lugar de leite ou iogurte em todas as receitas. 

E se não der certo? 

Se não fermentar ou não se multiplicar, vale mudar a marca ou o tipo de leite, ou apenas alterar o recipiente. Nos dias mais frios, por exemplo, os grãos entram num estado de latência. E se começar a cheirar muito forte, como se tivesse apodrecido, pode ser que a cultura esteja morta. Aí, claro, não deve ser consumido. 

Fontes: Jacqueline Dias Fernandes, nutricionista e Ana Paula Gluck Karam, nutricionista esportiva funcional