Frutas secas podem prolongar a vida, diz estudo

Atualizado em 11 de janeiro de 2018
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De acordo com pesquisa feita por cientistas norte-americanos, quem consome regularmente oleaginosas como nozes, amêndoas e avelãs tende a viver mais. Veiculado na publicação científica “New England Journal of Medicine”, o estudo indica que quem consumiu diariamente uma porção das frutas secas tiveram uma diminuição de 20% na taxa de mortalidade durante o período de 30 anos de pesquisa, em comparação com outros indivíduos que não consumiram o alimento.

O estudo monitorou cerca de 120 mil pessoas durante três décadas e constatou que aqueles que comiam essas frutas secas, uma vez por semana, mostraram ser 11% menos propensas a morrer durante a pesquisa do que aqueles que não consumiam.

O consumo de até quatro porções semanais foi associado a uma redução de 13% no número de mortes, e os participantes que comiam um punhado de oleaginosas diariamente reduziram em um quinto a taxa de mortalidade durante o estudo.

Um dos principais autores da pesquisa foi Charles Fuchs, do Instituto de Câncer Dana-Farber, nos Estados Unidos. Ele explicou que, apesar da diminuição de 29% de mortes por doença cardíaca ser o benefício mais óbvio, também foi visto uma redução significativa de 11% no risco de óbito por câncer.

O estudo também concluiu que, no geral, pessoas que consomem frutas secas praticam atividade física de forma mais regular, são menos obesas e fumam menos.

Mesmo ao levar esse fato em consideração durante o estudo, os pesquisadores reconheceram que isso não elimina das conclusões do estudo todas as diferenças existentes entre aquele que sempre consome as oleaginosas e aqueles que não.

Para os pesquisadores, é improvável que o fator estilo de vida tenha influência suficiente para alterar as conclusões do estudo. Para eles, as frutas secas, de fato, parecem colaborar para a redução dos níveis de colesterol, inflamações e a resistência à insulina.

Apesar dos resultados animadores para os consumidores de oleaginosas, a British Heart Foundation, uma ONG britânica que faz pesquisas e campanhas de conscientização sobre doenças cardíacas, diz que são necessários mais estudos para comprovar a relação entre vida longa e consumo das frutas secas.