Comida japonesa não engorda?

Atualizado em 16 de maio de 2018

Com receitas à base de peixes, legumes, vegetais e algas marinhas, a culinária japonesa é uma excelente opção para quem vive em dieta. O problema é que muitas pessoas se empolgam com a “leveza” dos pratos e exageram na quantidade ou fazem escolhas erradas. Nestes casos, não é vantagem alguma substituir uma refeição pesada na pizzaria pelo restaurante japonês.

O que não comer?

Esqueça o cream cheese, o yakissoba, o tempurá, os molhos agridoces, camarões e sushis empanados! Os molhos à base de soja contêm altas quantidades de sódio e podem contribuir para o aumento da pressão arterial, ácido úrico e retenção de líquido.  O arroz utilizado para o sushi é temperado com açúcar e vinagre, portanto, também deve ser consumido com moderação.

A moda dos rodízios é outra armadilha. Para aproveitar tudo que está pagando a pessoa pode devorar, em uma única refeição, um total energético superior ao recomendado para um dia inteiro.  Melhor resistir ao “coma o quanto quiser” e optar pelas porções ou pratos combinados.

O que escolher?

Prefira os pratos mais tradicionais que combinam peixes e legumes, sem muitos complementos ou molhos. As algas utilizadas para preparar o temaki, por exemplo, são ricas em proteínas, fibras, vitaminas A, C e do complexo B. Que tal um temaki sem arroz, apenas com peixe, cebolinha, gengibre e wassabi?

Os sashimis são ótimas opções para manter sua ingestão proteica adequada! Podem ser feitos com salmão, robalo, linguado, cavala e atum. O ideal é fazer um mix, para controlar o teor de gordura. O salmão, por exemplo, tem um teor de gordura mais elevado. Além disso, o salmão de cativeiro, normalmente encontrado no Brasil, não é tão rico em Ômega 3 como o salmão selvagem, que é naturalmente enriquecido com esse nutriente pela sua alimentação natural (à base de crustáceos, peixes menores, moluscos, algas e plâncton), o que dá ao salmão aquela famosa cor rosada. Alguns produtores utilizam rações enriquecidas com Ômega 3, para melhorar esse importante aspecto, mas não são todos.

Os cogumelos (shimeji e shitake) possuem um bom valor nutricional e são ricos em proteínas. Proporcionam ótima sensação de saciedade e fortalecem o sistema imunológico. No entanto, opte SEMPRE pelas versões sem manteiga e com pouco molho.

Boas sugestões de acompanhamento são a conserva de gengibre, a sopa à base de soja e o chá verde, que possuem propriedades nutricionais específicas e trazem inúmeros benefícios à saúde. Se você não abre mão do shoyu, use uma versão light misturada com limão. E nada de mergulhar o peixe na tigelinha! Coloque uma pequena quantidade no prato e dê uma leve passada no molho, sem exagero.

Já em ocasiões especiais, nada é proibido! O que vale é saber dosar as opções menos nutritivas e apreciar tudo de bom que essa rica gastronomia tem a nos oferecer. Viva em dieta, Viva Melhor!