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Você já deve ter ouvido pelo menos algumas dezenas de vezes que “saco vazio” não para em pé. Imagine então se ele seria capaz de completar uma corrida de rua. Claro que não! Por isso, não importa qual seja a sua distância, ter uma alimentação balanceada e que forneça ao organismo todos os nutrientes necessários para a prática de atividades físicas é fundamental para quem deseja cruzar “inteiro” a linha de chegada dos 5 km aos 42 km.
“Todos os corredores necessitam de macronutrientes como carboidratos, gorduras e proteínas, que fornecem energia para os músculos e fazem todos os sistemas do corpo funcionarem bem, e de micronutrientes como vitaminas e minerais”, afirma o nutricionista Luís Ricardo Alves.
Já a nutricionista Juliana Pansardi destaca que a água é outro elemento indispensável para qualquer corredor nos dias que precedem uma prova: “O atleta que realiza um esforço intenso pode perder de um a dois litros de água, e, por isso é importante o cuidado com a hidratação. Ela deve ser priorizada já ao acordar. Em treinos acima de uma hora é recomendado fazer o uso de bebidas esportivas”, explica Juliana.
“Percebi que minha alimentação passou a ficar insuficiente quando comecei a treinar para a maratona, pois passei a sentir muita fraqueza e dores musculares. Mas, como trabalho na rua, não conseguia comer a quantidade certa de maneira saudável. A suplementação supriu minhas necessidades de uma forma muito prática”, conta Vanderlei Quirino, 31, técnico de informática.
Assim como no treinamento, cada distância tem sua especificidade quando o assunto é alimentação. Por ser uma atividade de curta duração, quem corre os 5 não precisa se preocupar com suplementação, mas deve ficar atento à dieta antes da prova.
Um alerta: “Uma suplementação errada pode desequilibrar o bom funcionamento do organismo e, dessa forma, atrapalhar em vez de ajudar”, destaca o nutricionista Luis Ricardo Alves, que ainda orienta os corredores a nunca utilizarem um novo suplemento ou tipo de alimentação em dias de provas. “Essas mudanças devem ser testadas em dias de treinamento. Em provas, os atletas não devem experimentar nada novo, pois o organismo não está adaptado e o ‘tiro pode sair pela culatra’.”
A nutricionista Priscila Machado sugere alguns cardápios:
Já para os corredores que partem para as longas distâncias, os suplementos passam a ser praticamente “obrigatórios”. E vale o alerta:
“Uma alimentação balanceada é o mínimo que um maratonista deve ter. Os suplementos alimentares, na maioria dos casos, são necessários pelo simples fato de o atleta não conseguir repor tudo o que perde nos treinos e em seu dia a dia”, afirma Juliana. São dela as seguintes dicas:
Mas lembre-se, apesar de todos os benefícios que os suplementos alimentares trazem, é muito importante avaliar a necessidade energética e de nutrientes de cada pessoa para saber qual é o mais indicado.
BCAAs: aminoácidos responsáveis por reduzir a fadiga central e auxiliar na recuperação muscular
l-arginina: tem ação vasodilatadora e contribui para o fornecimento de nutrientes e oxigênio aos músculos.
l-glutamina: é importante para algumas células do sistema imunológico
creatina: serve como fonte imediata de energia para os músculos utilizados durante a prática da corrida).
Bebidas carboidratadas como a maltodextrina (de alta quantidade de caloria por unidade de peso e baixo índice glicêmico) fornecem energia para os músculos e também para os sistemas centrais e imunológicos. A diluição da maltodextrina deve ser de 6% a 10%.
Vitaminas antioxidantes, como a C e a E, minerais como zinco, cobre, selênio e manganês são necessários para minimizar os efeitos da produção de radicais livres.
Albumina é uma proteína de alto valor biológico, que fornece ao corpo todos os aminoácidos essenciais e auxilia na manutenção ou ganho de massa muscular necessários para garantir uma boa performance.
Bebidas energéticas são fontes de carboidrato e micronutrientes ideais para melhor hidratação e reposição energética durante grande período de desgaste físico.
Recovery drink é um suplemento de micronutrientes que regula as funções metabólicas e, como consequência, permite melhor produção do metabolismo durante a atividade física. Pode ser usado em treinos intensos e longos (acima de 1 hora). Indicado para combater os radicais livres liberados durante a atividade física e o acúmulo do ácido láctico.
Não há necessidade. Apenas água durante a prova é o suficiente.
Nos dias que antecedem a prova, a nutricionista Juliana Barancelli Pansardi sugere:
Fontes: Juliana Barancelli Pansardi, nutricionista da nutrição & esportes (www.nutricaoeesportes.com.br), pós-
graduada em avaliação e prescrição de exercícios físicos para populações especiais e habilitada em medicina integrada pela associação sul-americana de medicina integrada; Luís Ricardo de Souza Alves, nutricionista do nutrição fácil (www.nutricaofacil.ntr.br), pós-graduado em nutrição esportiva pela universidade gama filho; Janete Neves, nutricionista e personal trainer da clínica esportiva (www.clinicaesportiva.com.br), formada em nutrição pela uniban e em educação física pela UMC; Priscila Machado, nutricionista da nutrição e desenvolvimento (www.nutricaoedesenvolvimento.com.br), formada em nutrição e biotecnologia pela UFRJ.
*Por Cesar Candido dos Santos
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