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O fenômeno Katinka Hosszu

Atualizado em 21 de novembro de 2016
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A Dama de Ferro continua implacável. Se muita gente pensava que ela não poderia melhorar ainda mais em 2016, a húngara mostrou no último fim de semana que pode ser ainda mais competitiva. Durante o Campeonato Austríaco, disputado em piscina curta, Katinka Hosszu venceu a prova dos 1500m livre e entrou para a história da natação mundial. Não pela vitória, mas pelo tempo de 16min04s85 que lhe deu mais um recorde nacional. Com essa marca chegou a um feito que dificilmente será repetido por um atleta de altíssimo nível: ser recordista nacional de todas as provas em piscina curta.

Este era o único recorde que faltava para o vasto currículo da Dama de Ferro. Este ano Katinka já havia conseguido estabelecer o novo recorde nacional nos 100m livre durante a primeira etapa da Copa do Mundo, em Chartres-Paris. A temporada inclusive, vem sendo inesquecível para a nadadora. Em agosto ela finalmente subiu ao pódio olímpico depois de passar em branco nas três primeiras edições que nadou. No Rio-2016 ela foi ouro nos 100m costas, 200m medley e 400m medley, batendo o recorde mundial nesta prova, e prata nos 200m costas. Também conquistou pelo quinto seguido o título da Copa do Mundo de piscina curta da Fina.

Katinka Hosszu destruiu o recorde nos 400m medley - Foto: Michael Sohn/AP Photo

Katinka Hosszu faz uma temporada perfeita – Foto: Michael Sohn/AP Photo

Entre seus 17 recordes individuais na curta, cinco deles são recordes mundiais. Na piscina longa Katinka detém a marca de nove recordes nacionais, sendo três deles mundiais: 200m borboleta, 200m e 400m medley. Ao todos, são 26 marcas mundiais nas duas piscinas. Não há nenhum outro atleta que represente um grande país da natação mundial que detenha tamanha hegemonia na tabela de recordes nacionais.

Katinka Hosszu é um fenômeno. É sem dúvidas a nadadora mais completa da atualidade e provavelmente a maior de todos os tempos. Encara qualquer prova que aparecer pela frente, não se incomoda de fazer longos programas de provas e consegue ser competitiva em todas elas, além de ser uma máquina de treinar. Mas o ano ainda não acabou. Em dezembro ela vai disputar o Campeonato Mundial de piscina curta de Windsor e poderá aumentar seus feitos e quem sabe fazer frente a Katie Ledecky, um outro fenômeno, no prêmio de melhor nadadora do mundo da Fina.

Por Guilherme Freitas