Fuga das Ilhas: superação no mar

Atualizado em 20 de abril de 2016

O mar. Uma imensidão azul e sem fim que ao mesmo tempo fascina pela sua beleza e assusta pela sua natureza. Uma imensidão que foi invadida por 3.500 nadadores neste domingo (14) na Barra do Sahy, em São Sebastião (SP), para mais uma edição da Fuga das Ilhas, prova que faz parte do Circuito Aqua, na qual os participantes, literalmente, fogem de uma ilhota e nadam 1,5 km até alcançarem a praia.

Uma prova democrática, na qual jovens e velhos, veteranos e iniciantes, se juntam a fim de superarem os próprios desafios. Como Fabio Felix Muller, que veio de São Paulo para participar de sua primeira prova em mar aberto.

“Estava receoso, um pouco nervoso. No sábado tentei nadar um pouco no mar, mas ele não estava muito tranquilo. Mas quando entrei no mar não achei tão difícil. O que mais me incomodou foram as ondulações, que me deixaram um pouco enjoado”, analisou o participante de 22 anos que descobriu a Fuga das Ilhas ‘por acaso’.

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“Meus amigos se inscreveram e me senti incentivado a participar. Sempre nadei, mas ultimamente não tenho muito tempo para treinar. Mas mesmo assim terminei a prova em 33min25s, dentro da expectativa”, contou.

Outra debutante na Fuga das Ilhas foi Jéssica da Silva Miato, que participou da prova incentivada por seu namorado, Vinicius.

“Foi minha primeira participação em uma prova em águas abertas. Antes disso só havia nadado em piscinas e represas”, relembra a professora de educação física que no fim achou até tranquila a prova.

“A maior dificuldade foi a localização, saber para onde ir. No fim gostei do meu desempenho. Fiz em 45 minutos”, finalizou.

Também estreante no dia, Heverton Henrique Ribeiro era um dos que mais tinha motivos para comemorar. Sozinho em São Sebastião, o participante de 25 anos tinha um desafio próprio na Fuga das Ilhas. Mostrar a si mesmo que todo o esforço com os treinos de natação valiam a pena. Explica-se: Heverton sofre de asma desde a infância e recentemente teve problemas cardiorrespiratórios, o que o obrigaram a voltar a nadar.

“Sempre nadei, mas havia parado. E neste tempo que fiquei parado, tive problemas cardiorrespiratórios. Com isso voltei a nadar, mais por uma questão de saúde”, relata Heverton.

“Senti um pouco de dificuldades porque meu braço estava lesionado. Acabei não conseguindo completar a prova”, lamenta o analista de operações, que aprovou a experiência.

“Estava com muita vontade de competir. Ano que vem quero voltar e completar a prova. E antes farei mais provas, me prepararei ainda mais”, promete Heverton, que além de nadar também corre e faz ciclismo. Ou seja, força de vontade em 2015 não faltará.

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