Espanha: Belmonte é a nova queridinha

Atualizado em 20 de abril de 2016

Mireia Belmonte é hoje para a Espanha o que Cesar Cielo foi para o Brasil em 2009. A nadadora é ídolo no país europeu desde o Mundial de piscina curta em Doha, quando ganhou quatro medalhas de ouro e bateu dois recordes mundiais. No campeonato, ela ainda se tornou a primeira mulher a nadar os 200 m borboleta abaixo dos 2 minutos, concluindo a prova em 1min59s61, e destruiu a “rainha” Katinka Hosszu nos 400 m medley, estabelecendo a marca mundial de 4min19s86. E o orgulho espanhol não para por aí, não. Belmonte levou seis medalhas no Campeonato Europeu de Berlim e recuperou o recorde mundial nos 1500m livre no Campeonato Espanhol de piscina curta, com 15min19s71.

Depois de um 2014 nas alturas, Mireia considera o ano de 2015 uma fase decisiva em sua carreira. Em julho começa os Mundiais, em Kazan, na Rússia, e, além de tentar a medalha de ouro nos 200 m borboleta e 400 m medley, a atleta estreará em águas abertas. As provas já serão um teste para a Olimpíada no Rio, em 2016, e significam uma porta de entrada para um futuro brilhante na natação mundial.

Em entrevista para o jornal El País, o treinador da nadadora, Fred Vergnoux disse que todo êxito implica em uma preparação radicalmente diferente. Segundo o francês, pelo menos três vezes por ano ele questiona a atleta sobre seus objetivos. No início desse ano, por exemplo, Vergnoux disse a ela: “Você sabe como você tem suas medalhas olímpicas? Até você começar a nadar 20 vezes mais do que você fez por estas medalhas no Europeu e no Mundial, esqueça tudo. Mas esqueça tudo! Se você estiver indo para o Rio para fazer fotos, vá atrás de outro técnico, porque a federação não me paga pra isso”.

Mas, apesar de o treinador ser duro com ela, Belmonte parece tranquila quanto ao assédio dos jornais e revistas. Em uma entrevista para a revista Vogue Espanha, a nadadora afirmou não pensar em se tornar a maior atleta espanhola de todos os tempos e disse que no momento só se concentra em treinar e aperfeiçoar-se cada vez mais.

(Fonte: El País e Vogue Espanha)