Equilíbrio deverá marcar o Rei e Rainha do Mar 2016

Atualizado em 12 de dezembro de 2016
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Amanhã a partir das 11h acontece o Desafio de Elite do Rei e Rainha do Mar 2016 no Posto 6 da Praia de Copacabana. Ao todo são 16 nadadores de sete países, distribuídos em oito duplas (o Brasil terá duas equipes). Na água muitos nomes conhecidos e jovens revelações, entre eles, quatro medalhistas olímpicos, campeões mundiais e medalhistas em etapas da Copa do Mundo da Fina que terão que completar seis voltas de 500m (450m de natação e 50m de corrida). Esta será a edição mais forte da história do Desafio desde que este formato de duplas foi adotado em 2013. Com tanta gente boa dentro d´água é até difícil apontar uma dupla favorita e o equilíbrio deverá acontecer do início ao fim. Hoje alguns deles disputaram as provas com distância mais curta para já ir entrando no clima.

A dupla brasileira que nadará com a touca amarela é tida como uma das favoritas, afinal, conta com dois nadadores que conhecem muito bem as águas de Copacabana e já tiveram a oportunidade de levarem a coroa em edições anteriores. Poliana Okimoto e Allan do Carmo venceram o Desafio com duplas diferentes em 2013 e 2014, respectivamente. Poliana, inclusive, acompanhou hoje os nadadores que disputaram a prova do Super Challenge que teve o percurso de 10 km. A medalhista de bronze no Rio-2016 nadou apenas a primeira volta de 2,5 km do percurso desta prova que foi criada em sua homenagem. Uma forma de retribuir o carinho do público e também já ir se aquecendo para o evento de amanhã.

Nadadores durante a definição do grid - Foto: Satiro Sodré/SSPress

Nadadores durante a definição do grid – Foto: Satiro Sodré/SSPress

Outra dupla que chega muito forte é a americana, afinal, o atual Rei do mar vai cair na água. Chip Peterson triunfou nas águas de Copacabana ano passado ao lado de Christine Jennings e conhece muito bem o percurso que terá pela frente, principamente na corrida de areia onde pode levar vantagem. O campeão pan-americano no Rio-2007 terá como parceira este ano Haley Anderson, que em Londres-2012 foi vice-campeã olímpica. Haley já conhece Copacabana. No Rio-2016 terminou a prova olímpica no quinto lugar e é uma das nadadoras mais experientes no evento que pode ser uma grande vantagem as adversárias.

Os outros dois medalhistas olímpicos chegam bem cotados para levar a coroa, porém, terão como parceiros nadadores promissores e que não estão no mesmo nível. Ontem na definição do grid de largada o atual campeão olímpico Ferry Weertman foi absoluto na água e na areia. O holandês ditou o ritmo durante os 450m de natação e conseguiu fazer uma boa corrida para entregar o bastão a jovem Esmee Vermeuen, que não conseguiu sustentar a liderança. Esta ficou com Rachele Bruni que nadou muito bem rivalizando com Poliana e Haley, mas graças um forte sprint na corrida final conseguiu chegar na frente das adversárias para cravar a pole position. Atual vice-campeã olímpica a italiana é uma das mais aguerridas nadadoras do circuito mundial e muito provavelmente terá que recuperar terreno após seu jovem companheiro Dario Verani, de 21 anos, sair da água.

Atletas nadaram hoje também em Copacabana - Foto: Vitor Silva/SSPress/Effect Sport

Atletas nadaram hoje também em Copacabana – Foto: Vitor Silva/SSPress/Effect Sport

As outras quatros duplas também terão seus trunfos para esta prova. O Brasil verde aposta na experiência de seus dois atletas que conhecem como poucos Copacabana: Betina Lorscheitter e Luiz Rogério Arapiraca, já nadaram muitas travessias no local e durante o grid nadaram lado a lado das duplas mais badaladas. O Japão aposta na dupla olímpica Yasunari Hirai e Yumi Kida bastante experiente, a Argetina no veterano e ótimo corredor na areia Guillermo Betola e sua parceira Julia Arino e o Peru vem com Piero Canduelas e Maria Bramont dois jovens que buscam surpreender.

Como já citado acima, o equilibro será intenso e é muito improvável que alguma dupla consiga abrir ampla vantagem durante as seis voltas deixando este Desafio Rei e Rainha do Mar ainda mais emocionante até a linha de chegada.

Por Guilherme Freitas