Brasil só fica atrás da China em doping

Atualizado em 20 de abril de 2016

São cada vez mais frequentes os casos de doping na natação brasileira. É o que diz um levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo nesta terça, 27, com base nos relatórios anuais liberados pela Federação Internacional de Natação (FINA) em seu site oficial. Segundo o estudo, desde 2001, o país soma 30 casos positivos, ficando atrás somente da China, que soma 33 infrações. Em seguida vem a Rússia, com 28 flagrantes, França (14), Estados Unidos (12) e Austrália (4).

O caso mais recente veio à tona na última semana, após João Luiz Gomes Júnior ser acusado de usar diurético durante o Mundial em piscina curta (25 m), em Doha, em dezembro passado. O resultado pode tirar três medalhas do Brasil, que cairia de primeiro para quinto lugar no campeonato.

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Segundo o artigo do jornal, em 11 dos últimos 12 anos o país foi pego no doping. A única exceção foi 2008, ano em que nenhum atleta foi flagrado. Até o momento, duas nadadoras já foram banidas do esporte por reincidência: Renata Gusmão e Laura Azevedo.

Em entrevista para a Folha, Eduardo Rose, membro da WADA (Agência Mundial Antidoping) e consultor da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), afirmou que o atleta é negligente, na acepção legal do termo, por não saber o que toma. Segundo Rose, 85% dos casos de doping não são conscientes, mas descuidos.

Ídolo coreano é pego no doping

A Federação de Natação da Coréia confirmou nesta terça, 27, que o ídolo do esporte no país Tae Hwan Park foi acusado de doping após um teste da Federação Internacional de Natação (FINA). No exame, foram constatados níveis elevados de testosterona. Segundo a Federação, Park fez o teste antes dos Jogos da Ásia, que ocorreram em setembro de 2014, na cidade de Incheon, na Coréia do Sul, mas só foi notificado do resultado em dezembro.

Segundo os procuradores, médicos de um hospital de Seul afirmaram terem dado a Park, em julho, uma injeção para potencializar os níveis do hormônio, mas não sabiam que a testosterona era proibida. A defesa do nadador confirmou às autoridades que Park perguntou constantemente ao hospital sobre o conteúdo da injeção até estar seguro de que era uma substância legal.

A FINA não se pronunciou pelo caso e o diretor executivo Cornel Marculescu, em entrevista a agência France Press, informou que a comissão de doping da entidade se reunirá no final deste mês.

(Fonte: Folha de S.Paulo e Yonhap News Agency)