Sem pausa na corrida de rua

Atualizado em 05 de agosto de 2016

Basta ouvir a palavra menopausa para que muitas mulheres já temam os incômodos dessa fase. O fato de sentir calores noturnos, ondas de frio e calor sem explicação e transpirar de forma excessiva faz com que a insegurança e o nervosismo venham à tona. Os “probleminhas” dessa fase também assustam as corredoras, que não sabem bem quanto isso poderá afetar os treinos. Mas fique calma: apesar de muitas mulheres acreditarem que existe uma idade certa para correr, nada impede que a corredora continue a pleno vapor quando os sintomas da menopausa aparecem.

Na edição de março da Revista O2 (edição 142), você encontra uma reportagem que vai ajudar aquelas corredoras que não sabem ao certo como devem agir quando a mudança hormonal bate à porta. Aqui você encontra depoimento de duas mulheres que souberam driblar os sintomas para que você se inspire e corra melhor.

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icon texto_menor  DA EMOÇÃO À LESÃO NA CORRIDA DE RUA
icon texto_menor  ATAQUE PELAS COSTAS DA CORREDORA
icon texto_menor  AI, QUE DOR FORTE NAS CADEIRAS

“Certamente, a menopausa influenciou negativamente no meu desempenho, tanto pela questão das alterações hormonais como pela perda de massa muscular que acomete todas as mulheres que passam por essa fase. Mas para minimizar esses impactos, usei reposição hormonal prescrita pelo meu médico, passei a apostar ainda mais na musculação e tive acompanhamento de um nutricionista, que me receitou uma dieta rica em proteínas. Aliás, não tive problemas de maiores cansaços justamente por investir na reposição hormonal. Mas realizo exames de forma periódica para evitar problemas. Além disso, procuro escutar o meu corpo para verificar o que está faltando e tentar compensar essa perda de desempenho provocada pela menopausa.”
Maria do Socorro Gomes tem 52 anos, corre desde 2009 e se dedica às provas de 21 km. Entrou na menopausa em 2011

“Nesse período fiquei um pouco mais cansada do que o normal e, além disso, percebi que o meu sono piorou. Hoje transpiro um pouco mais do que antes, o que incomoda certas vezes. Esses sintomas levam à queda de performance nas ruas, pois o cansaço físico é o principal vilão do bom rendimento. Mas ao mesmo tempo fico feliz porque não tenho mais os incômodos da menstruação. Hoje corro despreocupada. Quando percebi a chegada dos sintomas, comecei a fazer outras atividades complementares à corrida, como ioga e musculação, que também me ajudaram muito. A ioga alonga a musculatura e relaxa nos dias mais estressantes, enquanto que a musculação fortalece meus músculos e tendões, evitando possíveis lesões comuns nessa idade. Além disso, melhorei minha alimentação. Hoje como alimentos mais saudáveis e integrais, assim como aumentei o aporte de proteínas e de carboidratos para ter energia. Uso, também. Alguns suplementos alimentares. Quanto aos treinos, invisto nos de tiro e nos longos, mas tudo no meu ritmo, descansando e relaxando quando preciso. Mais: como eu corro com prazer, respeitando meu ritmo e curtindo a maratona, problemas que eu tinha antes da menopausa, hoje não tenho mais. A ansiedade, a depressão e o nervosismo não fazem mais parte dos meus treinos e provas. Encarei essa fase com naturalidade e não me preocupei muito com as mudanças que surgiram. Toda mulher vai passar ou já passou pela menopausa.”
Celina Tieko Tsutsumi Romero corre há cinco anos e se dedica às maratonas. Ela entrou na menopausa no começo de 2014