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Perda urinária é comum entre corredoras

Apesar de existirem poucos estudos nacionais com atletas, estima-se que uma em cada três jovens esportistas pode apresentar incontinência urinária (IU) ou perda urinária, principalmente aquelas que praticam atividades de alto impacto, como as corredoras. Estima-se que 200 milhões de pessoas no mundo apresentam algum tipo de IU. Porém, somente a partir de 1998 esse problema deixou de ser avaliado apenas como um sintoma e passou a ser considerado uma doença segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID).

A perda involuntária de urina tem origem no aumento da pressão intra-abdominal e no enfraquecimento do assoalho pélvico, formado por músculos, ligamentos e fáscias e responsável, sobretudo, por sustentar a bexiga, o útero e o reto. Durante a corrida, o impacto na região é de três a quatro vezes o peso corporal. Outro fator relacionado à incontinência urinária é a diminuição nos níveis de estrógeno, que resulta na redução do tônus muscular.

Uma pesquisa realizada em Portugal com 233 atletas da Universidade do Porto mostrou que 29% delas apresentam incontinência ou perda urinária. O resultado foi semelhante a outro estudo realizado na França, pelo Laboratory of Functional Exploration of the Nervous System, que demonstrou que entre as atletas colegiais, 28% apresentavam algum grau de perda de urina.

Apesar de ser frequente entre as esportistas, muitas não procuram ajuda por vergonha ou por acreditarem que é normal perder urina durante o exercício. “Não é uma condição normal mesmo em estágio leve, pois, mesmo não oferecendo risco, a incontinência urinária está associada à perda de qualidade de vida, redução no rendimento e piora na autoestima, podendo levar, inclusive, à depressão”, afirma a ginecologista Andréia Mariane de Deus. “Muitas pessoas param de se exercitar por conta do problema”, completa.

Tanto a prevenção quanto o tratamento — em casos ainda não avançados — podem ser feitos pelo fortalecimento da musculatura pélvica, por meio de exercícios simples de contração e relaxamento dos músculos genitais. Em casos mais graves, pode ser necessária uma cirurgia − procedimento que, graças aos avanços tecnológicos, está cada vez menos invasivo.

Redação

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