Exercícios podem reduzir risco de câncer de mama, diz estudo

Atualizado em 11 de outubro de 2017
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O revista científica Public Library of Science One publicou hoje (9 de dezembro) um estudo que vai encorajar mais mulheres a calçar o tênis para dar uma corridinha ou caminhada.  De acordo com a pesquisa, quem pratica esses exercícios aeróbicos regularmente reduz o risco de mortalidade por câncer de mama em 40%.

Autor da pesquisa, o dr. Paul Williams,do  Lawrence Berkeley National Laboratory,  explica que foram examinadas, especificamente, mulheres corredoras e praticantes de caminhada, ao contrário de outros estudos parecidos realizados, recentemente, com mulheres que fazem outros tipos de atividade física.

Durante o estudo, também foi analisada a possibilidade das praticantes de caminhada e corrida com seios maiores terem risco maior de mortalidade por câncer de mama. Por isso, as mulheres tiveram que declarar o tamanho do seu sutiã, peso, altura e ouros fatores de risco estabelecidos.

Foi sugerido que, em comparação com às mulheres que usam tamanho A (pequeno no Brasil), as que usam tamanho C (médio) tinham quatro vezes mais chances de ter câncer de mama. Aquelas que vestem o tamanho D (grande ou maior) tinham o risco 4,7 a mais do que as outras.

A pesquisa também alerta sobre o risco que correm as mulheres com maior densidade na região das mamas. Segundo o autor da pesquisa, elas têm menor teor de gordura no seio, que pode resultar em benefícios protetores contra a doença.

Apesar do resultado animador para as mulheres fisicamente ativas, muitos pesquisadores ainda tentam entender melhor como o exercício aeróbico protege contra o câncer de mama. Mesmo sem ter certeza absoluta sobre qual o mecanismo fisiológico é responsável pela proteção, resultado da atividade física, acredita-se que as mulheres que se exercitam regularmente tem níveis mais baixos de estrogênio. Uma concentração maior do hormônio é considerada um fator de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade.

A pesquisa ainda pretende acompanhar essas mulheres por mais tempo, com o objetivo de se aprofundar mais no assunto e verificar se os resultados também afetam o desenvolvimento do câncer ou não, e se a prática de atividade física e o tamanho dos seios elevam as chances de sobrevivência entre as que já tem câncer de mama.

A doença deve afetar mais de 232.000 mulheres nos Estados Unidos em 2013. Por isso, o autor do estudo recomenda praticar o equivalente a 7 km (ou mais) de corrida por semana, sempre com o devido acompanhamento médico.