Estudo: corrida reduz diabetes gestacional

Atualizado em 29 de junho de 2017

Definida como uma intolerância à glicose que se inicia antes ou durante a gravidez, a diabete gestacional pode afetar não só a mulher, mas também o filho. Em muitos casos, os sintomas são quase imperceptíveis e podem ser confundidos com algumas peculiaridades da própria gravidez, tais como vontade de urinar mais vezes ao dia, sede excessiva e cansaço extremo.

No entanto, um estudo norte-americano recente do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e da Faculdade de Saúde Pública de Harvard aponta que quase metade dos casos de diabetes gestacional pode ser evitada com atividades físicas, como a corrida.

No estudo, os pesquisadores analisaram os dados de 14 mil voluntárias e calcularam a proporção de casos de diabetes gestacional que não teriam ocorrido, caso as mulheres tivessem uma gravidez de baixo risco – ou seja, caso não fumassem, seguissem uma alimentação correta, se exercitassem e mantivessem um peso saudável.

Desta forma, perceberam que os fatores que estão mais associados à doença foram a obesidade e sobrepeso antes da gravidez, juntamente com o sedentarismo. Por exemplo: mulheres com o índice de massa corporal (IMC) maior do que 33, antes da gestação, apresentaram um risco quatro vezes maior de ter a doença do que as com o IMC de até 25 (vale lembrar que é considerado obesidade um IMC acima de 30).

Por fim, os autores concluíram que seguir uma vida saudável pode evitar 48% dos casos de diabetes gestacionais. Além disso, eles frisaram que mudar o estilo de vida antes mesmo de a mulher engravidar pode influenciar positivamente na redução do risco de desenvolver a doença, ajudando no andamento da gestação e no desenvolvimento do bebê.

A diabetes gestacional pode ser diagnosticada a partir do fim do segundo trimestre de gravidez, por meio de um teste oral de tolerância à glicose. Caso seja detectada como diabética, é recomendado que a própria mãe controle os níveis de açúcar no sangue com a ajuda de um medidor de glicose. Na maioria das vezes, a mulher se cura da doença em até dez dias após o parto.