Wada aprova sanções mais rígidas contra o doping

Atualizado em 20 de abril de 2016
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Na quarta-feira (20/11), em conferência realizada em Johanesburgo (África do Sul), a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) aprovou o novo Código Mundial Antidopagem, que entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2015. Foram feitas 2.269 alterações em relação ao primeiro código, instituído em 2009. Agora, há maior flexibilidade nos casos de doping não intencional e maior rigor para os atletas que tenham irregularidade comprovadas. A punição para casos intencionais aumentou de 2 para 4 anos de suspensão. Outro ponto que chama atenção no novo código da Wada é a possível imposição de sanções financeiras aos atletas fraudadores, sem que o pagamento das multas influencie no tempo de inegibilidade do atleta.

De acordo com o advogado Thomaz Mattos de Paiva, responsável pela Comissão Nacional Antidopagem (CONAD) da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), a intenção do novo código é fazer com que a regra antidopagem atinja mais efetivamente o staff do atleta, ao fazer com  que compreendam todas as questões relacionadas às regras de controle, além de dar maior suporte às investigações e uso da inteligência no combate ao doping. Também é previsto incentivar a assistência aos atletas, técnicos e médicos na apuração dos casos.

Em conversa com outros representantes brasileiros presentes no evento, o advogado também falou sobre a importância da aproximação entre as confederações e agências antidopagem no Brasil, atitude que ajudaria no planejamento e estruturação do combate ao doping no país. Thomaz conclui ao dizer que um possível isolamento na condução da política antidoping no Brasil resultaria em incertezas ante a comunidade olímpica nacional, parceiros e entidades internacionais.

Brasileiros testam positivo para subtâncias proibidas

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou na tarde desta quinta-feira (21/11) dois comunicados a respeito de resultados positivos em controles de doping. Ambos aconteceram com corredores de rua.

Após exame de urina coletado no dia 24 de agosto deste ano, durante controle Fora de Competição da CONAD/CBAt, foi constatado que Paulo Cezar Santos Junior fez uso da substância proibida Fenoterol. O atleta foi comunicado no dia 16 de outubro de 2013 e não pediu contraporva.

Outra corredora pega no exame antidoping foi Camila Aparecida dos Santos. A atleta foi notificada no dia 21 de outubro de 2013 pela CBAt devido a utilização da substância proibida Canrenone e não pedirá contraprova. Sua amostra de urina foi coletada no dia 25 de agosto deste ano durante a Meia Maratona Internacional de Belo Horizonte.