Viciados em ginástica: cuidado com excesso de treino

Atualizado em 20 de abril de 2016
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Você se sente culpado porque perdeu um dia de malhação? Você despende horas na academia todo dia sem tirar um dia de folga? Mesmo sendo bom para você, o excesso pode causar problemas físicos e mentais.

Nós todos sabemos dos benefícios da atividade física. Ela fortalece o coração, reduz a gordura corporal e diminui os riscos de várias doenças.

Alguns estudos sugerem que exercícios melhoram a função cognitiva. Se você malha por horas ao dia, quase todo dia – Você talvez não esteja tão saudável quanto pensa e talvez esteja viciado em malhar (exercícios).

Pessoas com vícios em ginástica têm um comportamento compulsivo por malhar. É um dependente da malhação quem faz exercícios com duração, intensidade e freqüência além daquela requerida para o esporte.

Elas não dão tempo suficiente para a recuperação, malham mesmo quando doentes ou lesionadas e ficam tremendamente irritadas quando perdem um dia de treino.

E se você pensa que isto não acontece, veja isto: os hormônios liberados pela glândula pituitária, durante os exercícios intensos, são quimicamente similares ao viciado na droga morfina, e pessoas podem ficar dependente com a alta liberação de alguns componentes químicos, tais como a serotonina que é liberada durante o exercício.

Você também pode apresentar problemas físicos quando em over-training, apresentando freqüência cardíaca alta durante repouso, sistema imunológico alterado, falta de sono, queda do desempenho e alta propensão a lesões dado ao uso repetitivo de partes do corpo em relação a exercícios específicos.

E mulheres que passam destes limites apresentam alterações hormonais que podem alterar a ovulação e perder o ciclo menstrual, causando uma perda óssea permanente.

Como se acaba virando um viciado em malhação? Isto começa inocentemente, simplesmente com o intuito de se perder peso e melhorar a autoestima.

Mas, para algumas pessoas isto se torna um abuso e há uma crescente vontade de malhar cada vez mais.

Algumas pesquisas sugerem que estas pessoas possuem uma pré-disposição genética para o comportamento compulsivo, tipo drogas e jogos de azar. Para alguns a ginástica é usada para preencher uma lacuna vazia na sua vida, como satisfação.

Em outras pessoas é para cobrir uma depressão e outros eventos em sua vida. Mas este comportamento pode ser definido, pelo montante de horas que você despende com a malhação e não o número de exercícios realizados.

É aquela sensação de que eu tenho que fazer isto, e a ansiedade aumenta se você não o fizer. Esta é a diferença entre malhar 45 minutos e malhar por 4 ou 5 horas a fio na academia.

Quando a pessoa começa a despender um total de 7 a 8 horas na academia, ela está arriscando se a um over-training, o que pode ser contra-produtivo e causar mais danos do que fazer bem.

Mas como tudo na vida, este tipo de problema pode ser tratado com sucesso. Começa com a diminuição gradativa da freqüência, duração e intensidade dos exercícios. Uma terapia para o tratamento cognitivo comportamental, talvez seja necessária e uma visita ao psicólogo do esporte também é aconselhável, pois é importante manter o equilíbrio físico e mental.

Boa malhação.