Na década de 90, após a divulgação através do Americam College of Sports Medicine (ACSM) sobre os benefícios para a saúde do treinamento de força, a prescrição de exercícios com foco no fortalecimento muscular tornou-se parte integrante e notória nas academia e entre os atletas e treinadores, além de terem sido realizados muitos estudos relatando as vantagens desta atividade.

Apesar de o treinamento de força ter se popularizado devido à fácil identificação  volume e intensidade de trabalho durante o exercício, é necessário cuidados na indicação e no emprego desta modalidade.

Ao iniciar um programa de atividade física, deve ser feito um planejamento compatível com a capacidade estrutural e psíquica do praticante, sempre com o objetivo de que as adaptações decorrentes do treinamento ocorram a médio e longo prazo. Se as condições físicas do praticante são superestimadas, o risco de uma lesão estrutural e de desistência éaumentado de maneira considerável.

É preciso que a quantidade de cargas, séries, repetições e o intervalo entre as séries seja bem administrada para que o indivíduo alcance os resultados almejados.

É comum encontrarmos programas que estabelecem três séries para indivíduos iniciantes no treinamento de força, quando muitas pesquisas mostram que entre oito e doze semanas aos o início do treinamento a administração de uma ou três séries tem resultados semelhantes, conseqüentes de fatores neurais. Tais fatores são relacionados à melhoria na coordenação intermuscular (agonista/antagonista), ao aumento da quantidade de impulso que alcança a placa motora terminal e à maior eficiência no recrutamento de unidades motoras.

De acordo com o ACMS, no início do treinamento de força, o ideal é que se aplique apenas uma série, pois o volume de trabalho é menor, e, por isso, reduz a chance de danos estruturais ao tecido muscular e o aparecimento de desconforto após o exercício, favorecendo a aderência ao treinamento.

É preciso ter claro que o importante no início de um treinamento é o planejamento e que ele seja realizado por um fisiologista ou profissional de Educação Física que tenha conhecimento pleno do esporte que será treinado. Fazer com que o indivíduo treine até a exaustão e tenha dores musculares não é referência de sucesso no treinamento, estes métodos já são considerados antigos e ultrapassados.

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