Em sua segunda coluna sobre Medicina Integrativa, o Dr. Alexandre Castelo Branco de Luca (MD and PhD – Diretor Geral da Clinica Dhâranâ/São Paulo e Chefe do Ambulatório de Acupuntura da Disciplina de Ginecologia do HC-FMUSP) esclarece algumas dúvidas sobre a Terapia Endovenosa, que consiste na administração de substâncias por via endovenosa, com  uma variada gama de medicações, como vitaminas, oligoelementos, sais minerais, antioxidantes, aminoácidos, corticóide, medicações alopáticas, proteínas, indutores de imunidade, entre outras, com o objetivo da melhora do quadro clínico de forma mais rápida.

1- O tratamento com soro engorda?
Este é um conceito errado que todos têm a respeito da administração de terapia endovenosa, pois a mesma é constituída de soro fisiológico, vitaminas, aminoácidos, antioxidantes, sais minerais, oligoelementos e agentes quelantes (usado em terapia para retirada dos metais pesados e para doenças cardio e cerebrovasculares). Assim sendo não possui calorias.    
2- Devo realizar tratamento endovenoso através de soros? Por quê?
A resposta é sim, pois nosso organismo não tem a capacidade de realizar o mecanismo de desintoxicação, quelação de metais pesados, e absorção de inúmeras substancias através do trato gastrointestinal (via oral). A via endovenosa é a mais eficaz, direta e rápida para tratar e restabelecer o funcionamento normal do organismo.

3- Qual e o custo do tratamento?
Irá depender estritamente do diagnostico realizado, pois cada protocolo de tratamento é individualizado. O tratamento pode ser composto de terapia por via oral (vitaminas, antioxidantes, probióticos, sais minerais, oligolementos, enzimas, agentes quelantes, indutores de formação de células tronco, agentes antienvelhecimento e rejuvenescimento); por via intra-muscular;  endovenoso, câmera hiperbárica, ozônio terapia, acupuntura, imunoterapia ativada, etc… Portanto, o gasto inicial poderá ser mais custoso, pois devemos corrigir todos os fatores indutores das doenças, desbalanços orgânicos e, consequentemente, o tratamento de base e dos sintomas. A manutenção do tratamento geralmente é mais simples, pois o resgate e estabelecimento normal das atividades orgânicas foram normalizados.

4- Qual a duração do tratamento?
Dependerá exclusivamente do diagnóstico realizado e, consequentemente, do protocolo de tratamento proposto. Mas, geralmente, o restabelecimento das funções normais do organismo leva ao redor de 6 meses, porém, a melhora dos sintomas é sentida entre 14 dias e 1 mês. 

5- Devo realizar muitos exames de diagnóstico antes de realizar o tratamento?
A avaliação diagnóstica de cada paciente deve ser sempre individualizada seguindo uma série de normas dentro da anamnese (consulta), histórico, antecedentes pessoais e familiares, exame físico geral e especifico, bem como utilizando exames subsidiários nos quais irão indicar com mais precisão as alterações inerentes a cada tipo de patologia e indivíduo. O diagnóstico é a ferramenta mais importante para chegarmos ao sucesso do tratamento, no qual sem ele nos tornamos impotente diante da complexidade de cada paciente. 

6- Por quanto tempo dura os benefícios do tratamento?
Os benefícios do tratamento são obtidos durante a aplicação da terapia e irão depender de diversos fatores que levaram os pacientes a procurar este tipo de alternativa de terapia. Desde pacientes na procura de prevenção de doenças ligadas a fatores hereditários, bem como a melhora da qualidade de vida, em contra-partida aqueles que já apresentam doenças prévias e não deslumbram uma melhora do quadro clinico através de uma medicina tradicional.

7- Devo tomar sempre os suplementos alimentares?
Sim. Entretanto devemos suplementar os pacientes de acordo com as suas deficiências e de acordo com os resultados dos exames, antecedentes pessoais e doenças prévias. A cada 4 a 6 meses devemos realizar uma pausa de 2 semanas na suplementação de vitaminas, oligoelementos e sais minerais.

8- Medicina Integrativa é uma especialidade medica? Como o profissional se capacita para isto?
No Brasil não existe esta especialidade médica, o que se assemelha mais com este tipo de pratica médica é o médico da família. Nos Estados Unidos e alguns países da Europa existe esta prática médica mais difundida. A capacitação do médico para realizar medicina integrativa é extremamente complexa, pois a sua formação e dependente de diversas especialidades médicas tais como ginecologia e obstetrícia, clínico geral, nutrólogo, ortomolecular, anti-aging, medicina regenerativa dentre outras. Portanto, a sua formação é demorada e lenta, bem como a experiência clínica, em conjunto com a formação em órgãos internacionais, que são importantes na implementação de formas de terapias e tratamento diferenciado (Protocolos de Tratamento).

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