Rivaldo é vice-campeão mundial de Paratriathlon

Atualizado em 20 de abril de 2016
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No último sábado (12/9), Rivaldo Martins (3In) ficou em segundo lugar no Campeonato Mundial de Paratriathlon, que foi realizado junto com o Campeonato Mundial de Triathlon em Gold Coast na Austrália, onde teve a participação de 6.000 atletas de 43 países. A delegação brasileira esteve presente com 67 atletas.

As distâncias no paratriathlon são as mesmas dos atletas olímpicos, 1,5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida. Rivaldo completou a prova em 2 horas e 20 minutos ficando atrás do americano JP Theberg, completando o pódio em terceiro lugar ficou o austríaco Ernst Scheiber. Outro brasileiro André Sucks que competiu na mesma categoria de Rivaldo terminou em sexto lugar com o tempo de 2 horas e 38 minutos.

Rivaldo liderou a prova durante toda a natação e no ciclismo, e se manteve a frente até o km 7 da quando foi ultrapassado pelo americano. Apesar de ter perdido a prova ao final, Rivaldo ficou muito contente com o seu resultado.

“Sabia que a prova estaria com um nível muito forte pelo que tinha visto no último Paratriathlon que participei em julho em Nova Iorque onde terminei em terceiro, e a tática que usei de tentar abrir o máximo possível na natação e no ciclismo seriam minhas únicas chances de brigar pelo pódio. Tive de usar toda minha experiência para conseguir segurar esse resultado na corrida”

Rivaldo ainda fez esse mundial com suas próteses antigas, pois não conseguiu tempo suficiente para ir para os Estados Unidos antes da prova como era planejado.

“Fiquei com receio de essa minha ida para os Estados Unidos atrapalhar os meus treinamentos e ainda correr o risco de não ter tempo suficiente para me adaptar as novas próteses. Mas isso eu irei resolver já no mes que vem quando eu for participar de uma prova de meio Ironman em San Diego. Eu sei que não posso mais adiar essa troca de minhas próteses, pois todos meus adversários já estão usando um sistema de encaixe bem mais moderno que facilita muito a corrida e principalmente agiliza bastante para colocar a prótese na saída da água e na troca da prótese do ciclismo para corrida. Só nessas trocas posso tirar uns dois minutos na prova, e agora eu sei que esses dois minutos podem me tirar o ouro como aconteceu nesse Mundial que cheguei tão perto do primeiro”.

Apesar da participação do Rivaldo no meio Ironman em outubro nos Estados Unidos ele irá deixar seus treinamentos um pouco de lado para se dedicar quase exclusivamente no projeto PERERÊ juntamente com a equipe da Associação 3in. O projeto Pererê visa arrecadar fundos para doação de equipamentos para que pessoas com alguma deficiencia possam ter o direito de praticar esportes.

“Apesar dos resultados conquistados pelo Brasil nas últimas competições paraolímpicas internacionais, e mesmo levando em conta todo o esforço do governo e das entidades que trabalham com as pessoas com deficiência, muitos ficam em segundo plano, sem nenhuma oportunidade. O equipamento que permita a essas pessoas uma vida ativa é, de fato, muito caro. Para muitos – uma incalculável maioria – seu custo é proibitivo. Uma única cadeira de rodas de atletismo custa mais de R$ 10 mil; uma prótese de corrida não fica por menos de R$ 20 mil. Além disso, o treinamento esportivo adaptado, e os gastos de competição para os atletas que chegam a esse nível de desempenho, tornam-se uma barreira insuperável para muitos atletas com deficiência. O projeto PERERÊ irá tornar possível a essas pessoas o acesso a tais equipamentos. No final do ano já iremos realizar nosso primeiro Festival de Triathlon Revezamento onde teremos a participação de muitos atletas olímpicos, paraolímpicos, imprensa, empresários, artistas, entre outros. Este projeto era um sonho que tenho a muito tempo e que finalmente estou tendo a oportunidade de colocar em prática” diz Rivaldo Martins.

 

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