As águas do Rio São Francisco, entre Paulo Afonso – BA e Canindé de São Francisco – SE, foram o cenário da 1ª Maratona de Canoagem, competição inédita realizada pela Brasil Wild que levou muitos atletas olímpicos e paraolímpicos para as águas do Velho Chico.

Mais de 130 atletas de diversos estados brasileiros participaram da prova, exigindo muita força e técnica dos competidores que pela primeira vez remaram em meio a cânions. A Maratona teve largada na ponte da PA IV em Paulo Afonso.

O canoísta Sebastián Cuattrin, maior nome do esporte no país, confirmou o favoritismo cumprindo o percurso de 55 km com o tempo de 5:36. Em segundo lugar ficou Josenildo Monteiro de Jesus com 6:04 e em terceiro Alberto Junior com 6:25. “Foi uma prova muito dura, não esperava fazer tanta força, peguei muito vento contra. Foi a primeira vez que remei no Rio São Francisco e achei o lugar maravilhoso”, disse Cuattrin.

A competição teve 55 km de percurso pelo Rio São Francisco na categoria Maratona que foi disputada em duplas masculinas, femininas e mistas e 9 km na categoria Turismo que foi disputada em duplas masculinas, femininas e mistas ou ainda solo masculino e feminino, além das categorias homologadas pela CBCa K1, K2, C1 e C2 que também fizeram parte da prova.

A maioria dos atletas afirmou que o vento foi um grande dificultador do desafio e muitas vezes parecia que o barco não progredia. Quando tentavam fugir do vento, indo para as margens, as ondas provenientes do vento batiam de lado e atrapalhavam mais ainda, com risco de virar o barco. Quem estava acompanhando a prova viu as equipes das categorias C1 e C2 remarem o tempo todo ajoelhados, pelo tipo de embarcação que usam, o que impressionou muito.

A programação do evento prosseguiu à noite com a entrega dos troféus aos canoístas. No domingo (4), foi realizada a inédita procissão fluvial em homenagem ao padroeiro da cidade, São Francisco de Assis.

Para Júlio Pieroni, diretor da Brasil Wild, “a Bahia Maratona de Canoagem abriu as portas para um novo tipo de competição na canoagem Brasileira, com distâncias mais longas, expedicionária, unindo turismo ao esporte, além de lazer e competição na mesma corrida. Conseguimos também dar maior visibilidade na mídia de um evento de canoagem”.

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