O Pilates na Pubalgia

Atualizado em 20 de abril de 2016
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O púbis é uma parte da pelve (base da coluna, mais conhecida como “bacia”), composta pelos ossos: ílio, ísquio e púbis. Nessa região do corpo, encontramos muitos músculos envolvidos, e entre eles está um dos principais e mais lembrados numa aula de Pilates, o assoalho pélvico – junto ao transverso do abdômen, são responsáveis por um posicionamento adequado e saudável. E justamente por conta de sua origem (no púbis) e dos músculos adutores (no fêmur), esse assoalho também é solicitado nas aulas de Pilates.

Biomecanicamente, a pelve tem três alinhamentos: anteriorização/posteriorização, rotação horário/anti-horário e inclinação lado direito/esquerdo. Por isso a preocupação de instrutores em encontrar o melhor posicionamento para o cliente, seja no alinhamento neutro, ou com uma leve inclinação posterior da pelve mais conhecida como imprint.
Já a pubalgia (“pub” de púbis, “algia” de dor), é uma lesão pélvica muito comum. Uma inflamação dolorosa que envolve os ossos do quadril, exatamente em sua união e regiões próximas, principalmente em homens e que causa fortes dores na virilha, próximas do osso do púbis, bem atrás dos genitais.

Mas muitos outros problemas podem causar dor nessa região, como:
Possíveis hérnias  (inguinal  e  femoral)
Prostatite
Uretrites
Separação da sínfise púbica causada pelo parto
E infecções, entre outras causas…

Os sintomas se assemelham aos de um estiramento muscular, e numa aula de Pilates a queixa pode ocorrer durante as sequências de abdominais ou agachamentos. A dor pode ainda se estender, irradiando para região interna da coxa, para o períneo, testículos e a lombalgia se soma a uma lesão da sacroilíaca.

O caso de Pubalgia é comum entre corredores e jogadores de futebol, e o mais provável é que, por causa da atividade, esses atletas sofreram algum comprometimento na musculatura que possa estar desenvolvendo a dor. Os músculos do fêmur, principalmente os adutores e em especial o adutor longo (tem origem na região do púbis), estarão comprometidos nesses casos, necessitando de uma atenção mais específica em uma aula de Pilates. O quadro pode piorar com o esforço continuado ou, de acordo com vícios posturais, prejudicar até mesmo o simples ato de subir escadas.

No Pilates, dentro dos princípios do método, do mesmo jeito que sabemos que os braços não fazem parte da caixa torácica, mas que seus movimentos podem influenciar em nosso alinhamento, o mesmo vale para a pelve. Nesse caso, as pernas, que não fazem parte da pelve, influenciam o alinhamento do corpo com seus movimentos MMII – (Membros Inferiores). Consequentemente, um programa de aulas de Pilates para um cliente com essa patologia, deve ser alterado. Lembrando que conforme o grau da Pubalgia, os movimentos da articulação do quadril podem ser dolorosos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS AO INSTRUTOR DE PILATES
Evite uso excessivo de adutores ou flexores do quadril
Considere posições invertidas, onde o cliente tenha que estabilizar a posição através da ação muscular dos músculos profundos da pelve, por muito tempo
Opte por exercícios abdominais em CCF (Cadeia Cinética Fechada)
Sempre que possível verifique se seu cliente se sente confortável
Observe-o sempre de vários ângulos, se preocupando com o posicionamento ideal para o corpo dele

Boas aulas!!!

 

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