Ginástica para o cérebro ajuda prevenir Alzheimer

Atualizado em 20 de abril de 2016
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Assim como o corpo, o cérebro também precisa de certa ginástica para se manter saudável. Uma pesquisa publicada no Jornal da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos revelou que ler, fazer palavras cruzadas ou jogar xadrez estimulam a mente e protegem duas vezes mais as pessoas de doenças neurovegetativas, como o Mal de Alzheimer, doença que atinge cerca de 5% da população brasileira com idade igual ou superior a 65 anos.

Uma outra ferramenta é o Método Supera, que tem obtido bons resultados com a terceira idade. O curso promove uma “ginástica para o cérebro”, o que, de acordo com os professores, potencializa a capacidade cognitiva, aumenta a criatividade, concentração, raciocínio lógico, autoestima, entre outras habilidades. Segundo Cecília Barbosa, diretora da franquia do método em Copacabana e Tijuca, o número de matrículas de idosos é de 80%.

A principal ferramenta desenvolvida nas aulas é a prática de cálculos através do ábaco (instrumento de cálculo oriental). O método inclui exercícios lógicos, a prática de jogos, dinâmicas em grupo e neuróbica (aeróbica do cérebro). “Toda atividade que seja feita de forma que nosso cérebro não reconheça imediatamente e tenha que ‘trabalhar’ diferente para obter resposta, se chama neuróbica. Isso produz mudanças nas nossas conexões neurais”, explica Cecília.

A diretora destaca que essa técnica consiste em fazer exercícios que não são de costume ou que nunca tenha sido feito, como escrever com a mão não dominante (contrária) ou ler os textos ou palavras de trás para frente.

Trabalhar os sentidos para fazer com que o cérebro ‘estranhe’ é uma outra opção, como andar, provar sabores ou sentir cheiros de olhos vendados. “Se nosso cérebro estranha algo, ele imediatamente tem que procurar um novo caminho para executar aquela tarefa. Com isso, produzimos um ‘fortalecimento’ e melhoramos a performance, como ganho velocidade de raciocínio e concentração, isso certamente traz benefícios para a memória – maior queixa entre os idosos”, destaca Cecília.

O Método Supera – Ginástica para o Cérebro nasceu em novembro de 2005. É a primeira rede de escolas de curso livre da América Latina com a proposta de desenvolver o cérebro. Com 45 unidades em 13 Estados e no Distrito Federal, o curso é voltado para todas as pessoas a partir de cinco anos, sem limite de idade. Tem duração média de 18 meses. As aulas são ministradas uma vez por semana com duração de duas horas.