Exposição mostra como o Remo já foi popular

Atualizado em 20 de abril de 2016
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Em São Paulo, o Remo já foi mais popular do que o futebol, é o que mostra a exposição, “Imagens do Remo Paulista”, que será inaugurada nesta quinta-feira, 10/07, na estação Clínicas do Metrô, na capital paulista, permanecendo até o dia 31/07. A trajetória do Remo, que é contada na exposição, começa no ano de 1893, quando o esporte começou a ser praticado por imigrantes italianos, portugueses e alemães na cidade de Santos, em mar aberto.

Para participar das competições, os clubes de regatas sediados em São Paulo transportavam seus barcos pela antiga Companhia Inglesa de Trens. E assim foi até 1903, quando as provas passaram a ser realizadas no Rio Tietê.  Cenário de muitas competições, era às margens do Tietê que os paulistanos se reuniam para torcer por seus atletas. Em 1920, o futebol começou a dominar a cena esportiva. Mesmo assim, o Remo ainda tinha muitos adeptos. Em 1972, devido aos altos níveis de poluição das águas, os remadores despediram-se do Tietê. As regatas foram transferidas para a Raia Olímpica da USP, onde são realizadas até hoje.

No período de 10 a 31/08 será levada para a estação Tucuruvi e, depois, para outros locais públicos a serem definidos. Em 13 painéis, a história do esporte é contada por meio de fotos antigas, pertencentes ao acervo do Clube Esperia, e foto atuais cedidas pelo ativo.com e textos explicativos, um deles, o de abertura, assinado pelo professor e jornalista Henrique Nicolini. Organizada pela Federação Paulista de Remo.

Junto com a exposição serão distribuídos folders explicativos à população sobre os benefícios do esporte, onde e como praticá-lo. Com essa iniciativa, a Federação Paulista de Remo pretende popularizar o esporte novamente e atrair cada vez mais adeptos, principalmente estudantes da rede pública de ensino, entre 12 e 17 anos, que contam com programa especial e gratuito de treinamentos na Raia da USP.

“Queremos mostrar à população que o Remo é extremamente saudável e prazeroso. Mas queremos também formar novos atletas para que o Brasil se destaque cada vez mais nesta modalidade”, explica o presidente da Federação Paulista de Remo Ary Ayres de Godoy.

Além do programa para alunos de escolas públicas, a FPR mantém o programa “Remo Adaptável” para portadores de deficiências físicas. E é justamente nesta categoria que o Brasil obteve, no ano passado, no Campeonato Mundial realizado na Alemanha, sua primeira medalha de ouro, conquistada pelos atletas Claudia dos Santos e Lucas Pagani, de São Paulo, e Josiane Lima, de Santa Catarina. A competição foi seletiva para os Jogos Para-olímpicos de 2008. Claudia venceu na categoria “AW1x” com o barco Single Skiff, barco para uma pessoa que rema somente com o movimento dos braços. Claudia enfrentou adversários fortíssimos como Estados Unidos, Ukrania, Gran Bretanha, Polônia e Belarus. A outra guarnição ganhadora do ouro foi o Bouble Scull, formado por Lucas Pagani (SP) e Josiane Lima (SC), na categoria “TA2x”, barco para duas pessoas que, obrigatoriamente, tem de ser misto e é remado com os movimentos de braço e tronco.