Exercícios para crianças

Atualizado em 25 de abril de 2016
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No caso de crianças, o esporte pode ser extremamente nocivo quando deixa de ser uma atividade complementar e prazerosa, e passa a ser uma obrigação, prejudicando ainda mais através da pressão pelos treinos e competições.
Dr. Beny Schmidt, chefe do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O especialista e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de dez mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético – a distrofina. O Dr. Schmidt também possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. É um dos fundadores do CET do São Paulo Futebol Clube (atual Refis), primeiro centro científico esportivo do Brasil, e criador do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).
Segundo o especialista, é indiscutível a importância da atividade física na vida de qualquer indivíduo, pois ela contribui consideravelmente para o bem-estar físico, além de ajudá-lo a construir autonomia, adquirir segurança e integrar-se socialmente. Para as crianças, no entanto, o esporte passa a ser prejudicial quando deixa de ser uma atividade lúdica e complementar e passa a servir apenas para satisfazer os desejos dos pais.
É o que alerta o Dr. Beny Schmidt, chefe do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto da disciplina de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para ele, é importante que os pais não sobrecarreguem a criança com um esporte, já que isso pode levar ao estresse do sistema ósseo e neuromuscular.
“As crianças devem ser sempre estimuladas a praticar atividades físicas. Daí vem os hábitos que as tornarão pessoas saudáveis. Porém, os pais não podem nunca descontar suas frustrações nos filhos, exigindo resultados em treinos e competições. Na maioria desses casos, a criança nunca se torna um atleta, abandona o esporte e perde a infância”, explica o professor.
Segundo Dr. Beny Schmidt, a criança deve praticar esportes enquanto o exercício a deixar satisfeita. “O pior dos problemas é o sedentarismo, mas o exagero, a obrigação e a pressão das atividades esportivas de alto rendimento também são nocivos. Qualquer modalidade é recomendável às crianças, contanto que ela lhe proporcione prazer. Do contrário, pode gerar ansiedade, estresse, insegurança, depressão e até fobia”, completa.