Eleitos os Melhores Atletas Paraolímpicos de 2009

Atualizado em 20 de abril de 2016
Mais em Mais Esportes

O nadador Daniel Dias e a remadora Josiane Lima receberão o troféu de Melhores Atletas Paraolímpicos do Ano, na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, que acontecerá no dia 21 de dezembro, no Maracanãzinho, no Rio. A definição dos melhores atletas paraolímpicos do ano foi feita pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, que indiciou também Walquíria Campelo, do atletismo, como a melhor técnica de 2009.

A 11ª edição da cerimônia organizada e promovida pelo Comitê Olímpico Brasileiro homenageará também os melhores atletas do ano, masculino e feminino, o melhor atleta em cada modalidade, os melhores técnicos do ano e os melhores atletas das Olimpíadas Escolares e das Universitárias. O COB concederá também o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, oferecido a ex-atletas que simbolizem os legados de Adhemar, o primeiro bicampeão olímpico do Brasil, e o Troféu COI, homenageando uma personalidade do Movimento Olímpico.

Daniel Dias – Além dos vários títulos que Daniel Dias conquistou em 2009, um em especial foi conquistado fora d’água. Único indicado brasileiro, ele foi o vencedor do Prêmio Laureus da categoria paraolímpica, prêmio este que é considerado o “Oscar do esporte”. Com a premiação, Daniel, 21 anos, passou a ser o quarto brasileiro a rececer o Prêmio Laureus.

Dentro d’água as conquistas foram muitas em 2009. Na Etapa Regional Centro-Leste do Circuito Loterias CAIXA Brasil Paraolímpico de Atletismo, Halterofilismo e Natação, em Brasília, Daniel conquistou sete medalhas de ouro. No Open de Natação Paraolímpica 2009, em Cádiz, na Espanha, Daniel bateu dois recordes mundiais. Ele superou a sua própria marca nos 100m costas com 1m16s57 e também nos 200m peito, recorde que pertencia ao ao espanhol Ricardo Ten.

No Meeting Internacional Loterias CAIXA conquistou quatro medalhas de ouro nos 100m e 200m livre, 200m medley, e nos 100m peito. Na 1ª Etapa Nacional do Circuito Loterias CAIXA e também estréia em piscina curta, Daniel estabeleceu oito novos recordes mundiais nos 100m e 200m medley; nos 50m, 100m e 200m livre; nos 100m peito; 50m costas e 50m borboleta. Na 2ª Etapa Nacional, em Porto Alegre, o nadador venceu com folga as provas que disputou. Conquistou quatro medalhas de ouro e quebrou três recordes mundiais 100m e 200m livre e 200m medley.

Em sua última competição no ano de 2009, no Mundial de Piscina Curta, no Rio de Janeiro, Daniel Dias não deixou por menos. O nadador conquistou oito medalhas de ouro, três medalhas de prata e estabeleceu oito recordes mundiais. Esta é a terceira vez que Daniel Dias recebe o Troféu de Melhor Atleta Paraolímpico do Ano.

Josiane Lima – Um acidente de motocicleta em 2004 transformou a vida da catarinense Josiane Dias de Lima. Após uma difícil recuperação de quase dois anos, começou a dedicar-se ao remo, para diminuir uma atrofia na perna esquerda, seqüela do acidente. Três anos depois das primeiras remadas, Josiane ainda comemora a medalha de prata no Campeonato Mundial de Remo da Fisa, em Poznan, na Polônia, em 2009. Ao lado de Elton Santana, conquistou a medalha de ouro no double skiff TA 2X (categoria adaptável para dupla mista).

Professora de Educação Física para alunos da 1ª a 4ª série, Josiane sempre teve uma relação íntima com o esporte. Durante anos praticou judô, natação, vôlei e mergulho. Mas a paixão por esportes náuticos tem uma explicação. “Meu pai sempre praticou a pesca. Como moro em Florianópolis, perto do mar, optei pelo remo, inicialmente como uma terapia”, lembra a atleta de 34 anos, que procura inspiração em mulheres de atitude que exercem liderança dentro da sociedade, seja na política ou nas artes. “Gosto da Madonna e da Angelina Jolie, que também desenvolvem ações de cunho social”, revela.

A motivação que vem do esporte parece contagiar a remadora, que é acadêmica do curso de Tecnologia da Informação e de Educação Física. Para ela, que enxerga o esporte como uma fonte de vida, literalmente, o prêmio mais importante do esporte nacional é uma honra a ser dividida com a família que sempre a apoiou. “Para mim, esse reconhecimento é um grande orgulho e um alento. Quem sabe com isso não começam a enxergar o esporte paraolímpico com outros olhos. Estar no Prêmio Brasil Olímpico levanta a auto-estima e confirma que estou no caminho certo”, avalia.

 

Acompanhe o ativo.com pelo Twitter: www.twitter.com/ativocom