Há 20 anos, quando Royce Gracie vencia uma luta atrás da outra no UFC, parecia que a trajetória de uma das famílias mais tradicionais dos esportes de combate no MMA seria meteórica. Mas depois da aposentadoria do tricampeão mundial, os mais novos representantes do clã, Ryan e Roger, não foram capazes de manter a predominância do jiu-jitsu brasileiro nos ringues e octógonos. Diante desses resultados nada animadores, Rorion Gracie, um dos mais influentes membros da família e criador do Ultimate Fighting Championship, acredita que os Gracie devem deixar as artes marciais mistas.

Ele disse ao site Portal do Vale Tudo que, ao enfrentar oponentes com certo domínio do jiu-jitsu, em lutas de cinco rounds com cinco minutos, os Gracies têm muito mais a perder do que a ganhar.

Para Rorion, os representantes da família no MMA já demonstraram a eficiência do jiu-jitsu e, como a prática já está difundida entre os lutadores, são todos, praticamente, guerreiros de uma mesma bandeira. Ele ainda desabafou ao dizer que se algum Gracie ganha, não é grande coisa, mas se perdem, o fracasso recai sobre os ombros de toda a família.