Atividade física na melhor idade

Atualizado em 20 de abril de 2016
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Fico realmente feliz e orgulhosa todos os finais de semana quando passo na avenida Beira Mar Norte pela manhã e vejo uma porção de pessoas já cedinho fazendo sua caminhada, pedalando ou dando a sua corridinha. Fico ainda mais inspirada ao observar alguns cabelinhos grisalhos e bem branquinhos cheios de disposição praticamente saltitando na à beira da ciclovia. Atividade física na melhor idade: tem coisa melhor?

Há muito tempo, aposentadoria era sinônimo de fim da vida. Acabou o trabalho e junto com ele a atividade diária daquele indivíduo que estava muito bem acostumado a ocupar pelo menos 8 horas de seu dia com a produção de alguma atividade mental e física também.

Mesmo com a constante mudança de opinião de médicos e especialistas sobre questões de saúde – alimentos que fazem bem, alimentos que fazem mal, chás, bebidas, sementes, etc., uma coisa é unânime: atividade física faz bem e é necessária.

Não cabe aqui detalhar todos os benefícios físicos da atividade física na melhor idade, mas sim, colocar o que vai muito além disso: o exercício físico em prol da saúde mental.

Primeiro fator simples e essencial: oxigênio. Quando você pratica exercícios o oxigênio, que circula com maior rapidez e quantidade no seu corpo, chega também ao seu cérebro! Sim, ajuda a oxigenar seus neurônios que, junto com substratos energéticos, fazem com que eles funcionem melhor e por muito mais tempo.

Outro fator: produção de substâncias como a serotonina, aquela famosa, que também é produzida quando comemos chocolate, também é estimulada pelo exercício físico (também dá uma sensação boa, não é?). Muito difícil ficar mal humorado depois daquela aula de hidroginástica, ou aquela caminhada na praia.

A atividade cerebral que acontece quando você se propõe a fazer um exercício físico faz com que seu cérebro se mantenha ativo por mais tempo durante o dia. Assim, você estimula novas conexões neuronais através do desafio de produzir uma ação diferente daquela que você está acostumado. Novas experiências ajudam a manter seu cérebro em exercício constante evitando que ele “enferruje”.

Atividades ao ar livre e em grupos ajudam você conhecer novas pessoas e fazer amigos. Muitos grupos de amigos se formam nas aulas de dança, na academia e até no parque em que você costuma caminhar. Hoje é um rosto conhecido, amanhã é um parceiro de novas descobertas!

Exercite-se sempre na sua medida e com acompanhamento médico (afinal, ninguém tem mais 15 anos!). Faça do exercício físico uma parte da sua rotina diária, não só porque o “médico mandou”, mas porque é um momento de cuidar de você, de proteger seu corpo e sua mente, e estimular cada vez mais a sua felicidade. Procure variar as atividades de tempos em tempos ou nos finais de semana: faça uma caminhada por um trajeto diferente, faça uma aula em um horário diferente do seu, faça uma aula diferente da que você está acostumado, invente!

Aqui vão duas dicas de livros que também fazem bem ao cérebro:

Seu cérebro nunca envelhece – Dr. Richard Restak (Editora Gente)
Mantenha seu cérebro vivo– Lawrence Katz e Manning Rubin (Editora Sextante).

Aproveite a sua melhor idade!!!!

Um grande abraço a todos!