Andando na linha com o Slackline

Atualizado em 20 de abril de 2016
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Simplicidade. Está é palavra que define a modalidade originada do ócio de escaladores norte-americanos que, em meados dos anos 70, impossibilitados de subir as montanhas por causa do clima ruim, andavam por cima de suas fitas de escalada para passar o tempo. Por acaso, eles descobriram o slackline, um exercício de equilíbrio e concentração que hoje tem mais de 20 mil praticantes ativos no mundo.

“O esporte chegou ao Brasil em 1995, por meio de escaladores estrangeiros. E por volta de 2003 e 2004, começou a ganhar adeptos no país, principalmente no Rio de Janeiro”, conta Caroline Rangel, praticante de slackline e profissional na área de marketing e eventos da Gibbon Slacklines Brasil.

Hoje, com a popularidade do esporte pela fácil oferta de espaços ao ar livre, além da capital carioca, a atividade acontece em muitas cidades brasileiras. “É um esporte muito fácil de ser praticado, basta ter um kit de slackline, um par Tree Wear (proteção para árvores e outros pontos fixos) e dois pontos fixos. Gramados e praias são os melhores lugares, pois o chão é um pouco mais fofo e evita lesões em caso de queda”, explica Caroline.

E quem pensa que o Slackline consiste somente em andar sobre a fita está enganado. “Como é um esporte muito recente, a cada dia os praticantes inventam uma manobra nova. As possibilidades são infinitas. Elas podem ser poses estáticas ou dinâmicas, saltos ou bounces (quicar, na tradução livre)" revela a a profissional de marketing da Gibbon.

E todos esses (e outros) novos movimentos são realizados pelos maiores atletas da modalidade no planeta durante a Slackline World Cup, que acontece em diversas países. A competição é realizada em 5 etapas, em diferentes cidades ao redor do globo. Em 2013, o brasileiro Carlos Neto sagrou-se campeão mundial, ao terminar o ano em primeiro lugar geral do ranking mantido pela WSFed (Federação Mundial de Slackline ).

“O esporte está se organizado e cada dia ganha mais espaço na sociedade. Já existem federações em alguns estados do Brasil, e, em breve, teremos uma etapa brasileira da copa do mundo de slackline”, diz a profissional de marketing da Gibbon.

De acordo com Caroline, antes da prática é importante que o atleta faça alongamento, aquecimento e esteja sempre atento aos seus limites. Para ela, vencê-los é o melhor dos desafios, mas escutar seu corpo é sempre mais importante. Há também alguns cuidados básicos que devem ser tomados com os equipamentos. “Manter as peças sempre lubrificadas, deixa-las secando na sombra, não guardar a fita molhada, lavar apenas em água corrente é sempre importante”, completa.

Além disso, a praticante da modalidade orienta utilizar backup na catraca para a montagem do kit, ação fundamental para evitar qualquer possibilidade de acidentes. “Lembro também que, como qualquer equipamento, seu slackline tem uma vida útil e deve ser substituído quando necessário, dependendo do uso”, finaliza.