Distância olímpica: o seu triathlon começa aqui

Atualizado em 31 de outubro de 2019
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Já faz um bom tempo que o triathlon vem surfando na crista da onda dos esportes de endurance. Com o número de praticantes aumentando ano a ano, homens e mulheres das mais diversas faixas etárias querem nadar, pedalar, correr e colocar uma medalha de finisher no peito. Demais! É um esporte com muita beleza plástica, envolve desafios e muito mais! Apaixona desde o primeiro dia de treino.

Porém, a grande questão é que muitos que ingressam no triathlon já querem começar pelo fim e não pelo começo. Querem, de cara, completar um Ironman sem antes terem feito uma boa base e adquirido um mínimo de experiência correndo as distâncias menores.

“Sonhe alto! Sonhe grande! Mas comece pelo começo”.

Diante disso, vemos um grande número de pessoas se aventurando nas provas de longa distância sem entender a importância do triathlon olímpico (1.500 m de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida) para o seu futuro como atleta. Os “1500-40-10”, muitas vezes menosprezados e subestimados, são a base para quem quer ser um bom triatleta.

Isso mesmo! Corredores, nadadores, ciclistas, mesa-tenistas, enxadristas, jogadores de vôlei, “pessoas comuns”. Todo mundo que quer iniciar ou está iniciando no triathlon, deveria fazê-lo entrando pelas portas do triathlon olímpico.

Vocês acham que os nossos famosos maratonistas Marílson dos Santos e Vanderlei Cordeiro começaram correndo meias-maratonas e maratonas? Lógico que não! Foram corredores de 5.000 m e 10.000 m, e depois migraram para as longas distâncias.

“Ahhh…estamos falando de triathlon…”

Oscar Galindez (triatleta argentino radicado no Brasil), Igor Amorelli, Fábio Carvalho, entre outros, são grandes nomes do triathlon que, antes de gabaritarem em provas de Ironman, fizeram base e acumularam muita experiência nas distâncias menores, no triathlon olímpico. Isso os tornou excelentes triatletas!

Ser um bom triatleta, para nós, seres mortais e atletas amadores, não necessariamente significa ganhar a categoria, fazer um pódio, ou ser top 10. Claro que se isso acontecer, ótimo! Mas ser um bom triatleta com uma boa base e experiência significa ter as três modalidades bem equilibradas, dominar a natação, o ciclismo e a corrida em termos técnicos e táticos, e ter um bom condicionamento físico e psicológico.

É saber fazer as transições (T1 e T2 ) de forma eficaz e eficiente, saber dosar a prova do início ao fim, e com isso conseguir um bom resultado. Isso é ser um bom triatleta. E nada melhor do que a distância olímpica para começar e para lapidar.

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Treinar e competir para um triathlon olímpico ajuda a melhorar a velocidade e a resistência de velocidade, e melhora os limiares, o que será extremamente benéfico para o desempenho quando o atleta migrar para as provas longas.

Por mais que pareça ser uma prova curta, quando um iniciante compete em um triathlon olímpico não é tão fácil fazer tempos próximos ou abaixo de 2h30min. Acha curto demais? Então simule, em um treino, as mesmas distâncias e tente fazer o seu melhor, nadar, pedalar e correr o tempo todo na intensidade mais próxima possível do seu segundo limiar. Isso é triathlon olímpico, babe! Isso é base! E base bem feita é duradoura, é pra vida toda do atleta.

O triathlon olímpico também é muito legal, diria até divertido, pois uma vez que as distâncias não são extremamente longas, os atletas não se distanciam demais uns dos outros. Com isso, você tem sempre atletas na sua frente, na sua alça de mira, que te fazem dar aquele gás a mais.

Mas você também tem atletas logo atrás de você que te obrigam a dar o seu melhor para não perder posições. E no final, todos saem ganhando em desempenho, todos melhoram seus tempos, suas colocações, todos se motivam, e aquele espírito competitivo (saudável) fica pairando no ar.

No triathlon olímpico, quando você ainda não tem as três modalidades bem equilibradas, ou tem mais dificuldade em uma delas, por conta das distâncias serem mais curtas, é possível ser competitivo e angariar posições até os metros finais que antecedem a chegada. É emoção pura! É lutar para vencer e aprender quando é vencido.

“Ahhhh….mas eu não tenho velocidade, eu só quero completar e participar da festa…”

Comece pelo olímpico! Com alguns meses de treino – duas sessões de treino de cada modalidade por semana – você é capaz de nadar, pedalar e correr o tempo todo (na prova), dentro dos seus limites, e divertindo-se muito, acima de tudo. E não deixa de ser um belo desafio!

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Outro ponto a se destacar é que no triathlon olímpico a imprevisibilidade é bem menor. O atleta consegue controlar mais a prova do início ao fim devido às distâncias serem mais curtas, o que já não acontece em provas mais longas. E quando nos referimos a atletas iniciantes, quanto menos “coisas” para se preocuparem, mais eles podem se concentrar nas três modalidades e melhor será o desempenho.

Portanto, se você pensa em começar no triathlon em breve ou é recém-chegado no esporte, eu te faço aqui um convite. Experimente uma temporada inteira no triathlon olímpico. E se você já é um triatleta que busca melhorar suas marcas em provas longas, coloque triathlons olímpicos no seu calendário de provas. Seu desempenho irá para um outro patamar.

Bons treinos e até a próxima!