Quais são suas referências no ciclismo?

Atualizado em 01 de julho de 2016

Quem é seu ídolo? O cara que venceu sete vezes o Tour? Não? Qual é sua referência no ciclismo? Qual é sua bike favorita? Por quê? Ela é mais leve, mais bonita ou mais rígida? Todos nós temos nosso próprio caminho para construirmos, seja ele em linhas retas ou curvas sinuosas, mas cada qual com o seu caminho.

A escolha sobre qual direção tomar está em nossas mãos (na maioria das vezes). Já diziam em um passado bem longínquo para aqueles gladiadores preparados para a batalha: escolham suas armas.

Mas é preciso criar referências no ciclismo para podermos balizar através das experiências anteriores, pessoais e/ou de outros, para que nos ajudem a chegar em nossas metas de forma mais segura, econômica, rápida, eficiente.

Veja quantas vezes você fez este ou aquele treino; quanto tempo levou para realizar o trajeto, e quais eram as condições (vento, umidade, temperatura, horário de início, horas de sono no dia anterior, alimentação durante o treino, etc) e terá uma excelente informação para se basear quanto ao seu desempenho.

São vários os pontos que podemos usar para nos ajudar a ter referências no ciclismo, sempre com a intenção de melhora na qualidade do nosso condicionamento, seja buscando saúde, bem estar, desempenho, mas, acima de tudo, resultados.

Fui outro dia pedalar com um grupo que sai para fazer um treino nas marginais do Rio Pinheiros, aqui de SP. Lá deparei com vários amigos que no passado competiam comigo. Parecia que havia voltado 20 anos atrás. É curioso como esquecemos algumas coisas tão importantes e que contam tanto quando estamos envolvidos nessa relação esportiva.

No ciclismo, existem provas praticamente quase todos finais de semana, sejam elas no interior do estado ou na própria capital. E apesar de ser tudo muito dinâmico dentro do pelotão e a história de cada corrida ser totalmente diferente uma da outra, sempre criamos várias referências que nos ajudam a fazer uma leitura do que está acontecendo na prova.

Isso permite uma mudança ou antecipação de alguma atitude, de estratégia ou até resguardo em determinado momento das nossas energias. Isso acontece porque passamos a conhecer bem os ciclistas que participam, invariavelmente, destas mesmas provas, e que repetem várias ações que tornam previsíveis as reações e os resultados dentro do pelotão.

Tecnicamente na bike, treinos repetitivos, com séries, relações e circunstâncias iguais, ajudam na melhoria da execução e eficiência na pedalada, e interferem diretamente na economia de movimento e desenvolvimento de performance e resultados práticos de ganho de condicionamento (sem desconsiderar a biometria).

Taticamente, quanto maiores forem as nossas experiências anteriores, maior será a referência que teremos de tudo que devemos ou não fazer em cada situação nova apresentada na prova, no treino ou em qualquer momento que o esforço, seja ele máximo ou não, exija de nós todo empenho.

Observe, pare, sente, pense, anote. Faça tudo possível para criar referências que o ajudem a construir as condições melhores para o desenvolvimento e a continuidade do caminho escolhido, e com certeza a sua satisfação será perceptivelmente ampliada.

Ótimas experiências para você!