Os desafios de uma fat bar

Atualizado em 20 de setembro de 2016
Mais em Cross Training

Para iniciar meu espaço quero fazer uma indicação. Em primeiro lugar, quando quiserem saber sobre o crossfit, leiam o texto do Joel Fridman sobre o esporte. Conhecimento nunca é demais. 🙂

Acabei de retornar de Goiânia: estive por lá competindo no Monstar Games, etapa Centro-Oeste, em uma equipe formada com Pablo Chalfun e Netto Braga. Conhecidos como “Bonde dos Carecas”, levamos o primeiro lugar. Foi muito divertido e muito desafiador também.

Em uma das provas tivemos que fazer vários rounds de 30 repetições de deadlift (levantamento terra) de 130kg com a fat bar (com 5 cm de diâmetro – uma barra convencional tem 2,8 cm). Vou te contar: como foi desafiador para “a pegada”.

Isso é uma coisa muito interessante. No desenvolvimento embrionário, o crescimento ocorre no sentido crânio-caudal e médio-lateral (do centro para as extremidades). E vou mais a fundo: a transmissão de força em nosso corpo, quando realizamos algum levantamento de peso, como o próprio deadlift ou o snatch, prioritariamente precisa ocorrer do centro para a periferia, para que mecânica do movimento, estabilidade e o caminho do movimento sejam alinhados e bem feitos.

Em contrapartida, quando a “pegada” está enfraquecida, seja por algum machucado na mão, a musculatura do antebraço está cansada ou suas mãos estão sendo desafiadas ao segurar uma barra muito grossa, a transmissão de força também fica deficiente e os grandes grupos musculares, de certo forma, ficam inibidos e não “obedecem” tão bem o seu comando de “levantar”.

Esta é a grande importância de treinar pegada, de desafiar o poder de flexão e extensão dos seus dedos e punhos. E uma ótima estratégia para isso é realizar deadlifts e clean com fat bar.