Oleaginosas devem fazer parte de uma dieta saudável

Atualizado em 05 de setembro de 2014

Trabalho publicado e muito comentado por todos foi o que revelou que apenas uma castanha do Brasil ao dia supre a necessidade diária de selênio, um mineral com potente capacidade antioxidante. Ele é cofator de diversas enzimas no organismo, dentre elas a glutationa peroxidase, que é a principal enzima de destoxificação cerebral. Além disso, o selênio participa da conversão de hormônios tireoidianos, melhorando todo o metabolismo e regulando a função de nossas células.

As oleaginosas são ricas em arginina, um aminoácido muito usado, últimamente, na prática esportiva, por ser precursora natural do hormônio de crescimento (GH). Além de ter óxido nítrico, uma substância vasodilatadora, que pode auxiliar no fornecimento de nutrientes às células musculares, por exemplo, e que ajuda a manter saudáveis os vasos sanguíneos.

Também possuem uma substância chamada beta-sitosterol, que reduz os níveis excessivos de cortisol, o hormônio do estresse, que leva à uma resistência a perda de gordura, e eleva a compulsão alimentar.

Além de uma fonte protéica interessante, as oleaginosas têm boa relação ômega-3: ômega-6, e ainda contêm ômega-9, gorduras que ajudam na redução de doenças cardiovasculares e mantêm um estado inflamatório menor no organismo. Sabe-se que muitas doenças são decorrentes de processos inflamatórios.

As amêndoas, em especial, ajudam a potencializar a saciedade, e diminuir a absorção de carboidratos e lipídeos. Porém, cuidado com o consumo abusivo: as oleaginosas, apesar de um perfil nutricional extremamente interessante, são altamente calóricas. Um nutricionista vai ajustar a quantidade certa, de acordo com seu metabolismo e necessidade diária.

Geralmente, recomendo ao redor de 30g de um mix de castanhas por semana. Mas isso não é para todo mundo. As oleaginosas são extremamente alergênicas, e há pessoas que apresentam herpes labial e dermatite, após consumo freqüente desse grupo de alimentos. Por isso, vale ficar atento aos sinais que nosso organismo dá.

As oleaginosas podem, também, ser importantes coadjuvantes na prevenção e tratamento da obesidade, pois pela sua qualidade nutricional, auxiliam o reequilíbrio orgânico, melhoram a resposta de desintoxicação, que elimina toxinas causadoras do aumento de peso e obesidade, além de serem anti-inflamatórias. Ou seja, a soma destes fatores e ações auxilia no emagrecimento.

Entretanto, as oleaginosas devem ser introduzidas na alimentação com cautela, pois existem pessoas hipersensíveis às oleaginosas, podendo levar ao aparecimento de alguns sintomas como baixa da imunidade, acne, aparecimento de herpes, etc. A quantidade também dependerá dos outros componentes da alimentação, pois é preciso equilibrar a quantidade de nutrientes e a proporção entre as gorduras saturadas, monoinsaturadas e poli-insaturadas. Normalmente, uma variedade de 5 castanhas ao dia já traz muitos benefícios. Entretanto, uma única castanha-do-Brasil já possui a quantidade de selênio necessária para todo o dia. Então, o ideal seria uma variedade entre as oleaginosas e não o consumo de uma fonte única.

As oleaginosas são muito versáteis e combinam com qualquer sabor. Por exemplo: podemos fazer algum bolo integral com nozes, picar e adicionar ao arroz junto com uva passas, consumir em conjunto com frutas, ou até mesmo uma porção de oleaginosas sortidas, que pode ser um dos lanches intermediários do dia a dia. O que vale é a criatividade, para colocar as oleaginosas na alimentação.

Consulte, sempre, seu nutricionista!