Mobilidade x estabilidade: a importância e funções em cada articulação

Atualizado em 18 de abril de 2018

Ainda hoje, ouvimos por aí que é necessário alongar antes das atividades físicas para prevenir lesões. Por outro lado, revisões sistemáticas mostram que alongamento não previne lesão (Thacker, 2004) e que o alongamento prévio pode diminuir a força muscular (Rubley, 2008) durante a atividade física.

Dessa forma, alongar antes dos treinos de crossfit pode até ser contraproducente. A verdade é que, perante a grande maioria dos esportes, o que o atleta mais precisa é de mobilidade. Mas, o que é mobilidade articular? As articulações do nosso corpo precisam obter amplitudes suficientes para a execução plena dos movimentos. Então, o foco deve ser muito maior nos tecidos articulares do que na “flexibilidade muscular”. Cada articulação tem a sua função motriz, que se intercala sincronicamente, respeitando a lei biomecânica.

Mobilidade x estabilidade: prioridade em cada articulação

Tornozelo: mobilidade;
Joelho: estabilidade;
Quadril: mobilidade;
Coluna lombar: estabilidade;
Coluna torácica: mobilidade;
Escápulo-torácica: estabilidade;
Gleno-umeral (ombro): mobilidade

Como nos boxes de crossfit os indivíduos são estimulados a realizar o máximo de movimentos e atividades de grandes amplitudes e carga, existe a maior necessidade de atenção ao ganho tanto de mobilidade quanto de estabilização articular.

Em um agachamento livre, por exemplo, é essencial apresentar mobilidade plena dos tornozelos, estabilidade suficiente nos joelhos e mobilidade de quadril para agachar com segurança, além de força e controle da região lombar, mobilidade na região torácica e estabilidade na região das escápulas para manter uma barra pesada na frente do corpo.

Portanto, escute sempre o seu coach e não se empolgue em querer aumentar a carga antes de adquirir o padrão de movimento ideal.