Lesões: elas podem acontecer

Atualizado em 02 de outubro de 2014

Acordar cedo (ou treinar tiro) é moleza, se comparado a enfrentar lesões. Se você é corredor de longa distância, das três uma: ou já teve, ou vai ter (incluo aqui quem já teve e vai ter de novo) ou, és um extraterrestre. Infelizmente, o desgaste provocado ao corpo por treinos e provas de longa distância é uma realidade.

Analisando bem por cima, enxergo duas grandes correntes de pensamento a esse respeito: uma que acredita que o homem não foi feito para correr longas distâncias e estamos fadados à artrites, artroses, e ficarmos curvos antes de chegar à terceira idade.

A segunda, de que correr (muito!) é arriscado e precisamos nos equilibrar entre as metas que queremos atingir e a sabedoria de ir passo a passo buscá-las.

Para correr minha primeira maratona sai de 10 km para 42 km, em 6 meses, sem nem entrar em uma academia para fazer musculação. Resultado: terminei com fortes dores no joelho e fiquei um ano sem correr. A partir daí virei um “medroso”. Não gosto, mas faço regularmente trabalho com pesos e, com frequência, acupuntura e massagem profiláticas. Ao sinal de dor mais forte ou frequente no mesmo lugar, vou ao médico. Tem funcionado, nunca mais tive lesão grave.

Mas esses cuidados são suficientes para estarmos seguros que não teremos lesão? De maneira alguma. Então, quando a lesão acontecer e você tiver que ficar de molho, nade, pedale, faça (urghh) musculação, mas não fique parado. E muito menos deprimido. A falta dos hormônios excitantes da corrida são ruins, mas se nos tratarmos bem, voltamos. E ai começa um novo desafio!

Quero dedicar este post ao meu amigo Zé Sadek. Ele suou sangue treinando para Amsterdã-2014 e se machucou, há duas semanas. Mas vai chegar lá! Força, Zé!