Esportes: confesso que não sei como me encantei

Atualizado em 16 de julho de 2014

Cresci em um família com estilo de vida saudável, mas onde o suor mental sempre veio à frente do suor físico. Talvez a emoção que o futebol sempre me despertou tenha sido um impulso. Os rostos que misturavam dor, alegria ou tristeza ao final de alguma competição, de qualquer modalidade, certamente tiveram seu papel. Fato é que desde de pequenino pratiquei, com seriedade, algum esporte.

E, desde pequeno, percebi que meu talento era pouco. A coordenação não ajudava, o alongamento era ruim, a noção espacial meio torta…Treinava duro mas dificilmente era titular, quer fosse aos 8 anos no futebol de salão, ou aos 15 no vôlei. E ficava inconformado com os colegas, quase todos mais talentosos, que pouco se dedicavam. Lembro de me “estourar” com frequência para tentar buscar alguma bola já rente ao chão e, na jogada seguinte, meu companheiro nem abaixar os joelhos para não deixá-la cair. Ai percebi que os esportes coletivos não eram para mim.

Nos esportes individuais notei que, algumas vezes, a determinação supera o talento. E que você raramente fica no banco. Cheguei até a faixa preta de judô e treinei com afinco Hapki-do e Krav-Magá. Mas quando o corpo começou a “ranger” passei a ser exclusivamente um corredor.

Já havia completado duas São Silvestres (a primeira aos 15 anos, quando ainda era na virada do ano) e corria para dar suporte a outras atividades. Mas sonhava em fazer uma maratona. E fui em busca de mais este sonho esportivo. Descobri que na corrida não competimos com os outros, competimos conosco.  Não importa se você é talentoso ou não, a briga é pessoal, interna. Me encontrei!

Neste blog pretendo conversar com você sobre a dor e a delícia de ser um atleta amador esforçado. As dificuldades, o sofrimento, as alegrias. E não importa se o seu desafio é correr 5 km ou 100 km… se você se esforçar vai chegar lá. O esforço nos leva a lugares inimagináveis, a conquistas inigualáveis. Espero a sua companhia nessa  jornada.