Como a falta de mobilidade articular influencia no rendimento no crossfit

Atualizado em 15 de junho de 2018

A diminuição ou perda da mobilidade e da funcionalidade articular é uma das principais causas na dificuldade de aprendizagem, redução na evolução, desempenho físico abaixo do potencial no crossfit. Isso gera compensações e desequilíbrios musculoesqueléticos que certamente facilitam o acometimento de lesões.

O erro mais frequente, principalmente em mulheres, é a projeção dos joelhos medialmente (para dentro) durante o agachamento, chamado de valgismo dinâmico. Nos primeiros graus de flexão, a causa mais comum é a ativação deficitária ou fraqueza da musculatura na região do quadril e lombar (Powers, 2003).

A partir disso, normalmente a origem desse padrão de movimento está associada à deficiência de mobilidade no tornozelo, quadril ou ambos. Logo, uma pequena dica é voltar a atenção para as articulações adjacentes à região em questão.

 

 

Esse raciocínio pode ser utilizado para todas as articulações. Nos momentos em que as articulações de mobilidade (tornozelo, quadril, coluna torácica e ombro) perdem sua característica, a próxima articulação estabilizadora (joelho, coluna lombar e escápulo-torácica) será acionada para produzir uma mobilidade compensatória, favorecendo o efeito cascata até a lesão.

Já as articulações de estabilidade tem por função promover uma situação segura para produção de força e potência, bem como permitir o correto deslocamento dos seguimentos corporais preservando os tecidos moles.

Diante dessa descrição, é imprescindível que o trabalho atencioso às articulações, principalmente ao ganho de mobilidade, deve estar presente na programação diária, seja para manutenção ou aquisição dos parâmetros seguros. No box, o trabalho de mobilização deve ser uma atividade obrigatória antes de qualquer treino, e antes até do aquecimento. Mas para identificar corretamente quais são as prioridades, o grande segredo é a avaliação.