Crianças na corrida, boa ideia!

Atualizado em 13 de julho de 2018

O esporte é sinônimo de vida. É tão empolgante e apaixonante que podemos dizer que a realidade de quem pratica alguma atividade física é completamente diferente da de quem optou por não se exercitar. Aquele que treina de forma sistemática recebe de volta uma dádiva de tal opulência e completude que passa a encarar o mundo com mais brilho e energia, e seu humor é completamente afetado, ganhando tolerância e equilíbrio emocional.

É por isso que, em minha opinião, o esporte é, principalmente para a criança, de uma importância ímpar em sua formação. Quando bem aproveitado nessa fase, ele ajudará a desenvolver um adulto mais tolerante em uma sociedade tão dura. As crianças na corrida que seguem as regras de uma atividade esportiva aprendem, ainda, a ser um cidadão mais respeitoso com as futuras leis a que terá de se submeter.

Quem, desde o início da vida, se vê diante das maravilhas do esporte, aprende logo o significado e a importância da palavra cooperação. Isso contribui, também, para a formação de um profissional que sabe encarar com maior facilidade as incontáveis atribulações do duro ambiente de trabalho.

Sempre digo que crianças, jogos e esportes tinham de ser uma coisa só em nossa sociedade para torná-la mais organizada, produtiva e saudável. Acredito que as escolas não deveriam apenas informar a criança, mas sim formá-la. E todos os tipos de atividades físicas e esportes ajudam nesse processo de desenvolvimento da personalidade e aperfeiçoamento do caráter dos pequenos.

Mas serei, agora, mais específico. É válido, também, dar maior importância ao valor da corrida. Quando bem-feita, ela irá proporcionar o correto desenvolvimento cardiovascular e físico da criança. Mas que fique claro: esse trabalho deve ser feito por um especialista habilitado, que saberá dosar o ritmo dos pequenos, fazendo, assim, com que o esporte seja benéfico para o seu crescimento. É importante avaliar, também, como a corrida deve ser implementada nas escolas pelos professores de educação física. Enquanto os professores de todas as outras matérias curriculares preparam a criança desde cedo para que consigam adquirir informações para o exigente mercado, o que ministra o trabalho com o corpo por meio do esporte passa a ser o único dentro do ambiente escolar que garante o importante trabalho de desenvolvimento físico.

Acredito que a sua responsabilidade, dessa forma, é extremamente grande. Ele deve saber, portanto, motivar os pequenos e lhes fornecer um trabalho seguro no processo de aperfeiçoamento cardiovascular. Deve saber, também, trabalhar com as crianças na corrida de forma eficiente, em que sua saúde física, emocional e mental seja sempre respeitada nas atividades. Só assim elas poderão desenvolver, na plenitude, o seu fantástico potencial humano no futuro.

(Matéria publicada da revista O2, edição 150 de Novembro de 2015)

*Por Nuno Cobra