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Cinco coisas que aprendi sobre o corpo de crossfit

Corpo de crossfit é estranho, musculoso, forte, magro, “masculinizado“, próprio para conseguir fazer o que todo atleta da modalidade quer: ir além. Mas e o padrão social, como fica?

A questão do padrão social versus corpo de crossfit é muito interessante. Nesses quatro anos de treinos, já ouvi muita coisa. Que corpo de mulher que prática crossfit é estranho, musculoso, forte demais, não é feminino. E aí vem a pergunta: o que é ser feminino? De onde vem o padrão que você quer seguir? A questão corpo de crossfit, de alguma forma, atinge a nós, mulheres, fora dos boxes, e não há como negar isso. Então, vou enumerar aqui algumas coisas que aprendi nesses anos e que podem ajudar outras pessoas a se (re)conhecerem melhor, dentro e fora dos boxes:

 

 

1. A gente aprende a ser mais bem resolvida com o corpo
Desde que comecei no crossfit, a questão corpo ficou muito bem resolvida. Meu corpo é ferramenta para que eu possa alcançar minhas metas e ultrapassar meus limites e isso é sensacional. A cada dia descubro uma potencialidade a mais, transponho alguma barreira e isso me faz um bem danado.

2. Dentro do box, homens e mulheres são iguais
Atleta de crossfit bate suas próprias metas, então não tem tratamento diferenciado para nenhum dos lados. Ou seja, não é porque é mulher, que é considerada mais frágil. Os exercícios estão ali, você começa do seu primeiro nível e vai aperfeiçoando. Até por isso é um esporte bem democrático.

3. O crossfit muda o corpo de uma forma extremamente rápida.
Acredito que seja a mistura de muitos esportes, que torna o crossfit uma atividade que exige força e agilidade. Assim como nos envolvemos rapidamente com a modalidade, com as nomenclaturas, com os colegas de box, tudo de uma forma muito rápida, também mudamos o corpo, é fato.

4. A gente fica magro, mas fica grande.
Ou seja, perde gordura e ganha musculatura, seca e fica forte e de forma muito rápida. Ganha muita perna, o que muda o contorno do corpo. Para a mulher, pode significar ter que mudar um pouco o guarda-roupa (embora eu use as mesmas roupas de antes), e passar a olhar o corpo um pouco fora do olhar convencional da sociedade.

5. As comparações sempre vão vir dos modelos sociais vigentes.
O que é um corpo perfeito? Magro? Alto? Curvilíneo? Com muito seio e bumbum? Não dá para dizer qual será a próxima moda. Tenho amigas maravilhosas e que estão insatisfeitas com seus corpos, simplesmente porque não se encaixam no modelo atual daquilo que é “bonito”. Gente, autoaceitação é tudo!

A verdade é que, com o esporte, a gente perde as curvas, que são basicamente feitas de gordura. E fica forte. E sabe o quê mais? A gente passa a adorar isso! Por que é como falei lá em cima: o corpo é a ferramenta para a superação. Ele ultrapassa a barreira da imagem social e passa a ter uma função e tudo que fazemos é para que essa função seja realizada da melhor forma possível, sempre com saúde, claro.

Fernanda Surian

Professora de inglês e português para estrangeiros, competidora de crossfit, apaixonada por viajar, escrever e compartilhar. Vivendo e aprendendo cada vez mais sobre performance para uma vida mais plena e feliz.

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Fernanda Surian

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