Caminhar – Uma Filosofia

Atualizado em 20 de setembro de 2016
Mais em Experts

Em algum lugar neste opulento e amazônico site da revista “O2”, em algum recante do exuberante portal ativo.com, você vai ver, ouvir ou receber a notícia de que este colunista agora conversa com o leitorado também por vídeo.

Já fiz algumas gravações, que ou já estão disponíveis ou ficarão disponíveis dentro em breve; fique atento para apreciar dicas sensacionais sobre o mundo da corrida.

Uma delas é tão boa, mas tão boa, que resolvi comentar também por aqui. Sempre fui a favor do velho ditado “o que abunda não prejudica”, donde resolvi repicar a dica para garantir que todos os eventuais interessados possam estar devidamente informados.

Trata-se de uma sugestão de leitura. Vale para corredores, caminhantes e nem uma coisa nem outra. É uma obra sensacional para a gente pensar na vida, refletir sobre o andar da carroça, que ajeita as melancias, e a estrada que trilhamos.

Estou falando de “Caminhar – Uma Filosofia”, livro do francês Frédéric Gros, professor de filosofia, estudioso da psiquiatria e do pensamento bélico ocidental.

O livro é uma pérola. Traz para o leitor o mundo de filósofos, poetas, pensadores, líderes pacificistas e sua relação com a caminhada. Que não é só para pensar, mas também instrumento de libertação.

Nos anos rebeldes da adolescência, o poeta Rimbaud caminha para encontrar seu rumo, sai de casa, constrói sua independência nas estradas.

Tanto que seu amigo e amante Paul Verlaine o define como “o homem das solas de vento”. E o próprio poeta se diz: “Sou um pedestre, nada mais”.

Há Nietzsche e há Gandhi. E há também Gros, o autor, que de vez em quando faz suas filosofadas. Gosto de uma, em que cita Dion Crisóstomo: “O caminhante é rei: a terra é seu domínio”.

Aproveitemo-la, então.