Brooks comemora números de 2018 e projeta recordes

Atualizado em 11 de fevereiro de 2019
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Aqui no Brasil, a americana Brooks ainda passa despercebida pela grande comunidade da corrida. No triathlon, muitos atletas conhecem a marca, porém pouco sabem dos produtos.

É a segunda vez que a Brooks está presente no Brasil. Na primeira, a operação deu início no início de 2007 e “morreu” em 2010. Não era uma grande operação, que era gerenciada por dois corredores na época. Naquele período, me lembro que a Brooks estava presente somente nas poucas lojas especializadas e também nas feirinhas das provas.

Por estar presente em lojas especializadas, a apresentação da Brooks a corredores e triatletas através dos vendedores era algo que chamava a atenção e muitos queriam experimentar. O meu primeiro par de Brooks foi em 2007, quando ganhei o modelo Glycerin 5 em um evento da marca.

Já no início de 2010, a operação respirava “por aparelhos”, já estava nas mãos de uma outra pessoa que não vivia o mundo da corrida e do mercado. O resultado não poderia ser outro se não a “morte” da marca no Brasil.

Em 2017 a Brooks voltou ao Brasil, agora com uma gigantesca operação através do Grupo SBF, controlador das lojas Centauro. Os principais modelos da marca estão presentes praticamente em todas as lojas da rede no Brasil, e por preços muito atrativos.  O que tenho notado é que muitos corredores ainda continuam sem conhecer a marca e os modelos e, ao contrário dos triatletas, preferem não arriscar diante do “desconhecido”.

Se eu não estiver enganado, quando a marca chegou ao Brasil, houve um único evento para o lançamento da Brooks realizado pela Centauro, e desde então eu não tive conhecimento de qualquer outra ativação, seja através de patrocínio em eventos de corrida, patrocínio a algum corredor ou triatleta, e ações como o “Brooks Running Experience”, que costuma acontecer em lojas dos Estados Unidos, não só com Brooks mas com praticamente todas as marcas.

Acredito que este seja um dos fatores que fazem com que a Brooks não “intimide” as principais marcas de tênis de corrida presentes no Brasil, e também o desconhecimento desta marca que é líder em tênis de corrida nos EUA. A marca, que pertence ao grupo Berkshire Hathaway, comandada pelo bilionário Warren Buffett, teve uma receita global recorde de U$644 milhões de dólares em 2018, o que representou um crescimento de 26% com relação a 2017. Este aumento na receita deve-se em razão do aumento de 28% em vendas globais dos tênis de corrida e 7% na linha de vestuário.

Fora dos EUA, um dos países que ajudaram a alavancar as vendas significativamente foi a Austrália. E os dois modelos responsáveis pelo crescimento no faturamento foram o Ghost e o Adrenaline GTS, com 52% e 32 % no acumulado em vendas durante 2018. Os dados de crescimento da Brooks foram apresentados pelo portal SGB On Line.

Esperamos que, no Brasil, a Brooks esteja mais na “vitrine” dos corredores e triatletas, seja através de patrocínios a eventos e ativações. Investimento para isto creio que não seja o problema.