Antioxidantes e Treinamento físico

Atualizado em 14 de julho de 2016
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Nas últimas décadas, foram realizadas inúmeras pesquisas para esclarecer o papel dos radicais livres em processos fisiopatológicos como envelhecimento, câncer, aterosclerose, inflamação, etc. Apesar dos estudos no início terem focado as doenças, hoje, inúmeras pesquisas focam na relação dos radicais livres e o treinamento físico. Mas, o que são esses radicais livres?!

Os radicais livres são espécies reativas de oxigênio que são formados em todos os sistemas biológicos de uma forma voluntária gerando danos nas nossas células. Entretanto, o nosso organismo tem mecanismos para diminuir a lesão celular, os chamados agentes antioxidantes. Quando esse sistema, radicais livres x antioxidantes estão em desequilíbrio, chamamos de estresse oxidativo.

Quando começamos um exercício físico, ocorre um aumento das espécies reativas de oxigênio. À medida que o nosso organismo se adapta ao exercício e passamos a ser indivíduos treinados, ocorre então um aumento nas nossas defesas. Por isso, a importância de realizar os exercícios com frequência. Dentro desse enfoque, a alimentação adequada diminui (e muito!) os danos.

A alimentação deve ser baseada em alimentos funcionais, ou seja, aquele alimento que traz um algo a mais, nos protege e aumenta as nossas defesas antioxidantes, pois as suas propriedades estimulam um aumento da atividade enzimática. Para termos todos os benefícios, devemos incluir no mínimo cinco porções de frutas, vegetais e quantidades pequenas de gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas no nosso dia a dia. Podemos fazer isso por meio de lanches, sucos naturais, saladas e legumes.

Algumas fontes de alimentos ricos em antioxidantes são todas as frutas e vegetais. Quanto mais colorido o nosso prato, melhor! As frutas oleaginosas também são excelentes fontes como as nozes, castanhas de caju, amêndoas, pistache e castanhas-do-pará e algumas sementes, como a linhaça marrom e a dourada e a chia. Obviamente, esses alimentos devem ser planejados com cuidado dentro de um plano alimentar específico, pois alguns são bem calóricos.

Podemos também ter outras opções como os alimentos que contém vitaminas A, C e E. Entretanto, é bom lembrar que cada vitamina tem uma ingestão diária adequada. Ou seja, em excesso elas fazem mal. Por isso, sempre procure um nutricionista, antes de ingerir polivitamínicos. Estudos (de 2013) mostraram que o uso contínuo de polivitamínicos para reduzir o estresse oxidativo não é indicado. A principal indicação é ter uma alimentação variada (e colorida!).

A nutrição e o treinamento físico caminham juntos para uma única finalidade: a de prevenir inúmeras doenças e aumentar as nossas capacidades de treinamento, sem nos prejudicar. Por isso, vamos cuidar um pouco mais da nossa alimentação e incluir sempre alimentos de qualidade.