Prazer em meio à crise

Atualizado em 20 de setembro de 2016
Mais em Corrida de Rua

Fala, galera! Em um momento especial de lançamento do novo portal do Ativo, estou de volta para compartilhar mais uma experiência pessoal que estou vivendo e que acredito ser semelhante ao momento de grande parte dos leitores.  É fato que estamos em um momento extremamente turbulento em nosso país e o que parecia uma “marolinha“ anos atrás, hoje atinge grande parte da população.

Você deve estar se perguntando: o que essa coluna tem a ver com isso? A resposta é simples: TUDO!

Competir, viajar e curtir são coisas que, em meio à crise que estamos vivendo, têm ficado em segundo plano. Tenho visto amigos, do esporte ou não, completamente tensos e inseguros. Antes, durante e após um treino a conversa é sempre a mesma: “E aí? E as coisas?”. “Tá complicado, né?”. “Tal pessoa perdeu o emprego.” “A bolsa caiu de novo”. “Você viu o jornal?”. E aí vem o questionamento: como ter cabeça para treinar, sair, viajar diante deste cenário?

Enfim, por essas e outras que resolvi escrever e compartilhar com vocês justamente a minha visão em relação a isso tudo e, claro, ouvir os comentários, objeções e questionamentos. Resumindo, esta publicação, mais do que nunca, tende a virar uma grande troca de experiências, combinado?

O que tenho percebido é que estamos lutando para sobreviver e não mais para viver. Entendo que cada um tem seu hobby, objetivos e desafios. Isso não se discute e todos devem ser respeitados. Portanto, aqui vão meus principais pontos de atenção.

Acredito muito que tudo parte de entender o momento e cenário. Assim como no esporte, traçar metas (talvez mais conservadoras, mas traçar) é fundamental. Sem termos a clareza de onde estamos e de onde queremos chegar, nada vai fazer sentido – principalmente em momentos turbulentos.

Depois disso, é importante conseguir dividir as coisas ao longo do dia. Parece fácil quando está tudo bem, mas agora, creio que não. Cair na água para treinar com a cabeça exclusivamente ali e não na reunião que você terá pouco tempo depois ou então entrar em uma reunião complexa sem cair na tentação de perder o foco, pensando no esporte, são exemplos reais!

Por estar nessa fase, posso falar com propriedade que é um exercício e tanto conseguir seguir à risca. De qualquer forma, tenho tido alguns resultados bem interessantes… garanto!

Por fim, um fato! Competir, viajar e curtir não pode mais ser planejado com tantas regalias. Mas também não precisa ser descartado. Se é neste meio que temos nosso prazer, somos ainda mais felizes e completos, temos que dar um jeito e seguir o jogo. Então, o que resta é fazer contas e dar preferência para uma ou outra prova. Tenho feito umas pesquisas e também posso garantir que existem oportunidades bem bacanas e acessíveis. Aos poucos vou anunciando em meus perfis os meus próximos desafios!

Gostaria de finalizar o texto de hoje reforçando que mesmo em esportes individuais, temos uma troca incrível de experiências, apoio, cumplicidade, amizades inexplicáveis e até negócios, que surgem naturalmente. Estaria aí uma outra forma para encontrar uma nova saída? O que acham?

* Na foto, a linha de chagada do ÖTILLÖ Swimrun Engadin – Competição em que tive a honra, juntamente com meu amigo Cesar Miguel Momesso, de ser a primeira dupla sulamericana a disputar este circuito. Sem dúvidas a prova mais desafiadora que pude vivenciar. Esta linha de chegada foi extremamente emocionante e estará sempre na minha memória.