Treino puxado? Invista no desaquecimento

Atualizado em 02 de agosto de 2017
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Depois de treinos ou provas muito intensas, os atletas podem sentir náuseas, a pressão arterial cair e até vomitar por conta do excesso de força realizada (veja mais na reportagem Vomitar após o exercício é normal?). Uma boa maneira de evitar esse problema é realizar a desaceleração (ou desaquecimento).

Como funciona o desaquecimento?

Como o nome já diz, o objetivo é desacelerar ao fim da atividade, ao invés de parar de uma só vez. O corredor vai, gradativamente, diminuindo a velocidade que estava imprimindo durante o treino ou prova. O ritmo deve ser reduzido em uma distância entre 500 metros e 2 km – ou de cinco a quinze minutos –, dependendo da intensidade do treinamento.

 

 

Por que funciona?

O desaquecimento evita que haja uma queda brusca e repentina da frequência cardíaca (FC) do atleta. Os batimentos do coração acompanham a diminuição de velocidade do atleta. Ou seja, vão reduzindo ao poucos, proporcionando uma sensação mais agradável após a atividade – evitando a queda da pressão arterial. A hora de parar é quando a frequência cardíaca atinge o patamar entre 50 e 65% da FC máxima.

Quando utilizar?

Vale para qualquer treinamento, porém, nos mais exaustivos o desaquecimento é fundamental para que o corredor não tenha problemas com a queda de pressão.

Evita lesões?

Não há estudos que comprovem que a desaceleração reduz o risco de lesões, mas a atividade proporciona uma sensação de conforto no atleta depois de um treino muito puxado.

Fonte: Rodrigo Lobo, diretor técnico da Lobo Assessoria Esportiva, de São Bernardo do Campo (SP)