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Treinamento de base: o que é e para que serve?

Atualizado em 23 de novembro de 2016

Fim de ano chegando e você provavelmente já fez todas as suas provas-alvo de 2016. Está na hora, portanto, de começar a pensar no seu período preparatório, ou treinamento de base, como costuma ser chamado. É ele que vai te dar toda a bagagem necessária para você ter um bom desempenho no próximo ano.

Essa fase do treino vai te dar condições de suportar cargas maiores no futuro. Se for bem feita, suas chances de “quebrar” ou se lesionar durante o período de provas serão bem menores. Abaixo, algumas informações para você ter uma melhor noção da importância desse treinamento.

O que é?
O ciclo anual de treino pode ser dividido em três períodos básicos: preparatório, competitivo e transitório. “Todos são muito, muito importantes para a evolução do atleta, sendo o período preparatório o responsável por desenvolver a preparação física, técnica, tática e psicológica do corredor”, explica Rodrigo Alexandre Weber, treinador de atletismo do SESI-SP.

Segundo o professor, ele pode ser dividido em dois: uma fase geral (base), focada no desenvolvimento de força básica, flexibilidade e técnica de corrida com ênfase em resistência; e a fase especial, com o intuito de desenvolver o fortalecimento específico para a corrida, técnica de corrida com ênfase em velocidade e inserção de atividades voltadas à velocidade e pliometria (saltos).

 

 

Objetivos
Em termos gerais, o treinamento de base na corrida serve para:
– Adquirir e melhorar o condicionamento físico geral
– Melhorar as capacidades biomotoras
– Cultivar traços psicológicos específicos
– Desenvolver, melhorar ou aperfeiçoar a técnica de corrida
– Familiarizar os atletas com as manobras estratégicas básicas nos períodos seguintes
– Aprender a teoria e a metodologia do treinamento

Quando deve ser feito?
O período preparatório costuma ser feito uma vez ao ano e, incluindo as duas fases (geral e especial), pode ter duração de 3 a 6 meses, sendo que quanto mais treinado for o atleta, menor será a fase geral.

Além disso, tudo pode variar de acordo com os planos do atleta. “Se o corredor for fazer duas provas principais em 2017, sendo uma em cada semestre do ano, ele deve fazer dois períodos preparatórios, sendo uma base maior no início do ciclo e outra mais curta e simples antes da sua segunda prova alvo”, diz o treinador.

 

Fonte: Rodrigo Alexandre Weber, bacharel em Esporte pela USP e especialista em fisiologia do exercício pela Unifesp (Instagram: @rodrigoaweber)