Muito se fala sobre a utilização da esteira no treinamento para uma corrida de rua. É importante? Qual a melhor maneira de utilizá-la? De acordo com especialistas, o equipamento ajuda, sim. E utilizada como complemento, pode até ser uma opção para os dias chuvosos, muito frios ou até à falta de tempo. Mas não é apenas isso. Você pode (e deve) utilizá-la como uma ferramenta para se preparar para as corridas.

Pontos positivos

– É uma excelente ferramenta em dias chuvosos e frios. Também faz com que você evite a poluição e o trânsito do dia a dia. Em um dia mais corrido, a esteira da academia pode ser uma boa solução para não deixar de treinar.

– Dá para utilizar o treino na esteira para aliviar o impacto que é feito sobre os ossos, tendões e músculos no asfalto.

– Os equipamentos mais modernos já vem com entrada para iPhone, iPod, tablets e telas de TV. Quem não tiver este tipo de esteira, pode colocá-la em frente à TV ou a um espelho, para procurar manter uma técnica adequada.

Dicas

– Em um plano de treinamento, a esteira deve ser inserida no período de preparação geral, como um exercício auxiliar em uma distância de até 10 km. Isso por que, ao manter o mesmo piso ou relevo, e por ser um esforço quase sempre no mesmo padrão biomecânico, pode ocorrer alguma lesão por esforço repetitivo. Mais ainda, se o corredor também não estiver adaptado à esteira.

– Como você consegue controlar inclinação, FC (Frequência Cardíaca), tempo, velocidade, hidratação de forma muito mais fácil, a esteira pode ser utilizada para treinos intervalados ou contínuos para forçar o organismo a se adaptar a um ritmo de corrida.

Sugestão de treinos

– Para um corredor iniciante, seu período de preparação geral deve receber uma relação 2:1. Ou seja, dois treinos na esteira e um na rua. No período preparatório especial recomenda-se um treino na esteira e dois na rua. No período competitivo, é essencial realizar os três treinos na rua.

– Já o corredor avançado pode optar por uma relação 2:3 (dois treinos de esteira e outros três na rua) no período de preparação geral. No período especial, muda-se para um treino na esteira e quatro na rua. Já o período competitivo deve ser focado em cinco treinos na rua.

(Fontes: Adriana Genioli, diretora técnica da AG Assessoria Esportiva, em Fortaleza (CE), e Cacá Ferreira, gerente técnico corporativo da Cia Athletica.)